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Candidíase: conheça os tratamentos inovadores para a doença do verão

Roberta Struzani Candidíase: conheça os tratamentos inovadores para a doença do verão
Roberta Struzani Candidíase: conheça os tratamentos inovadores para a doença do verão


As recentes ondas de calor somadas à proximidade do verão são um convite para aproveitar um dia ensolarado na praia ou na piscina. Mas segundo especialistas, a chegada da estação mais quente do ano também está associada com o aumento dos casos de candidíase nas mulheres.

Segundo a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), cerca de 75% das mulheres são afetadas pela doença, aumentando sua recorrência durante a estação por conta da alta umidade presente nos ambientes. Cremes vaginais e comprimidos antifúngicos estão entre os tratamentos convencionais mais recomendados e utilizados, mas segundo o ginecologista André Vinícius, que já atendeu grandes nomes como a cantora Anitta e as apresentadoras Adriane Galisteu, Fernandinha Souza e Giovanna Ewbank,o uso de estratégias complementares como: LED, probióticos e óleos essenciais também podem ser muito eficazes.

“É muito comum ver pacientes que não estão conseguido um resultado efetivo com o uso das medicações convencionais, como os antifúngicos orais, por conta do uso em larga escala, sem prescrição ou avaliação médica. O uso indiscriminado cria uma resistência desses fungos ao tratamento, gerando baixa resposta e manutenção das crises frequentes. Nesse sentido, outros tratamentos inovadores prometem ser mais eficientes para tratar especialmente as infecção recorrentes de Candidíase, como o uso de LED, probióticos e óleos essenciais”, explica o médico.

Como os tratamentos alternativos funcionam

“O tratamento com probióticos pode ser feito pela via oral, aumentando a diversidade de bactérias saudáveis no intestino e impedindo que elas translouquem do intestino para a vagina, ou pela aplicação direta de probióticos através de óvulos vaginais que melhoram localmente a diversidade de bactérias boas. Já os óleos essenciais, podem ser utilizados através da diluição deles para realização de banhos de assento, os mais indicados para o uso são o óleo Melaleuca alternifólia (melaleuca) e Rosmarinus officinalis (alecrim)”, recomenda o profissional.

Segundo André Vinícius, o LED é uma terapia indicada para os casos refratários de candidíase que não respondem ao tratamento habitual. Devendo ser reservado para a candidíase recorrente, ou seja, quando são registrados mais de 4 episódios por ano. “A aplicação dessa tecnologia é realizada em consultório ginecológico, onde uma ponteira anatômica, adaptada para o formato da vagina, é introduzida no canal vaginal. Dentro da vagina a luz libera fotoativos responsáveis por matar os fungos. O interessante da tecnologia é que ela consegue eliminar até 80% dos fungos que estão presentes na flora sem determinar alterações nas células saudáveis do local. O tratamento com LED não causa efeitos colaterais nas mulheres, apenas um aumento da temperatura na região”, pontua o ginecologista. Segundo o especialista, o tratamento através do LED costuma a ter uma duração de 5 minutos por sessão, indicada de 2 a 3 sessões por semana, tendo a média de 6 no total, para ter um tratamento efetivo.

Por que a Candidíase é comum no verão?

“A infecção é bem mais comum durante a estação devido às condições climáticas que são mais favoráveis ao crescimento do fungo Cândida, que se multiplica em ambientes quentes e úmidos. O aumento da umidade na região genital devido ao calor, associado ao uso de roupas mais justas e pela permanência prolongada em roupas de banho úmidas, cria um ambiente propício para o desenvolvimento da candidíase”, afirma o médico.

Ainda segundo André Vinícius, também existem outras circunstâncias que favorecem o surgimento da candidíase, como o uso de anticoncepcionais orais, gravidez, Diabetes Mellitus descompensada, o uso de medicamentos imunossupressores ou de corticoides. “Vale ressaltar que a Cândida é um fungo presente no organismo das mulheres, mas que vive em perfeito equilíbrio com as bactérias da vagina (lactobacillus). Sempre que ocorre uma redução dos lactobacillus os fungos entram em um supercrescimento, assim causando a Candidíase”, esclarece o profissional.

Quais são os sintomas?

“Os sinais mais conhecidos da Candidíase incluem a coceira, esse podendo ser considerado como principal sinal e o que gera mais desconforto entre as mulheres. Outros sintomas frequentes é a ficam por conta da região externa dos lábios (vulva), inchaço, corrimento espesso e branco, além de desconforto durante a relação sexual e ao urinar”, explica André Vinícius.

Como evitar?

“Com hábitos simples, como: manter a região genital seca, usar roupas íntimas de algodão e trocar de calcinha sempre que a região estiver suada. Além disso, evitar o uso excessivo de antibióticos, especialmente sem indicação médica, e adotar uma dieta equilibrada, que consiste na redução do consumo de açúcar e carboidratos, podem ajudar a prevenir a candidíase”, indica o ginecologista.

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Fonte: Mulher