Marília

Queixas em Marília agravam impasse estadual na polícia penal: faltam diárias, combustíveis e mais

Queixas em Marília agravam impasse estadual na polícia penal: faltam diárias, combustíveis e mais

Reclamações divulgadas por agentes penais que atuam na cidade de Marília e integram a Coordenadoria Noroeste do sistema penal no Estado agravaram uma crise que atinge diferentes pontos do estado e que já provocou uma intervenção do Sindicato da categoria com pedido urgente de repasses.

A queixa divulgada na cidade mostrou que viaturas ficam retidas na base de escolta por controle de combustível e que agentes deslocados para fora do sistema para acompanhar presos como em atendimento hospitalar ficam sem refeições.

Em ofício encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária, o Sindasp-SP (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), pediu liberação de verbas suplementares com urgência para as coordenadorias.

Segundo o documento, assinado pelo diretor da regional de Marília, Luciano Novaes Carneiro, em nome da presidência da finalidade é “pagamento das diárias dos servidores que prestam serviços na pasta, bem como também para suprir as necessidades básicas das unidades penais.”

Revela que as queixas começaram há mais de 30 dias e que policiais penais – tanto da escolta como da segurança – apontam falta de recursos até para atividades corriqueiras dentro e fora dos locais em que são lotados.

“Mencionam que em muitas unidades ocorrem falta de torner para impressoras; medicamentos; materias de higiêne como sacos de lixo, falta de combustível.”

A preocupação se estende aos policiais penais que fazem escoltas e aos policiais penais da segurança que acompanham os sentenciados. “Acabam ficando alocados fora de suas unidades sem condições de alimentação”.

O ofício diz ainda que o Estado de São Paulo está entre os salários de policiais penais mais baixos do país.

“Assim com facilidade podemos concluir que qualquer quantia em dinheiro que o trabalhador utilize de seu soldo para gastos em execução de seu serviço acarreta em consequencias diretas em sua renda familiar.”

Carneiro disse ao Giro Marília que entende a situação das coordenadorias e até da secretaria, e que Marília está longe de ser caso isolado e que o problema é de repasse estadual.

“Isso não é exclusivo da região de Marília. Afeta o Estado todo e nos últimos 30 a 40 dias está pior. E não é culpa do secretário, nem dos diretores e coordenadores. Eles administram a verba que têm. E é difícil, uma situação que traz riscos à segurança?”

O Giro Marília enviou pedido de informações à Secretaria e aguarda manifestação oficial.