Marília

Marília recebe novo acampamento e venda de artesanato de kaingangs

Marília recebe novo acampamento e venda de artesanato de kaingangs

Integrantes de uma tribo indígena de Tamarana (PR), a 50km de Londrina e 260km de Marília, montaram acampamento na avenida das Esmeraldas na segunda vez do ano em que famílias da etnia kaingang passam pela cidade.

O grupo recebeu atendimento do Núcleo de Apoio Humanitário da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos de Marília. São aproximadamente 20 pessoas, está em deslocamento, e segundo a secretária Wania Lombardi não aceitam encaminhamento para abrigos da prefeitura.

Optam por ficar em acampamentos. Vieram com o objetivo de vender seus artesanatos em Marília”, informou. No atendimento foram verificadas eventuais necessidades emergenciais com informações repassadas à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

Kaingangs eram também povos originários da região de Marília quando expedições de exploração começaram a chegara à região no início do século passado.

Em Tamarana, no Paraná, existe a terra indígena de Apucaraninha, onde pelo menos 1.500 índios da etnia kaingangs vivem distribuídos em cinco aldeias.

Os povos indígenas ganharam em 1º de janeiro de 2023 um ministério específico dentro da estrutura organizacional do governo federal, o Ministério dos Povos Indígenas – também chamado de Ministério dos Povos Originários do Brasil.

Outro importante marco para os povos indígenas em 2023 foi a eleição para a Academia Brasileira de Letras, a ABL, do primeiro escritor índio para uma das cadeiras permanentes. O autor Ailton Krenak, de ‘Ideias para adiar o fim do mundo’, entre outras obras, é o primeiro imortal da ABL de origem indígena.

A Constituição Federal de 1988 assegura aos povos indígenas o respeito à sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.