Uma Carta Aberta do clero da Diocese de Marília manifestou “solidariedade”, “gratidão” e apoio ao trabalho do padre Júlio Lancellotti, Vigário para o Povo da Rua na Arquidiocese de São Paulo.
A carta usa termos como ‘consternado’ para resumir a reação do clero aos ataques contra o Padre, que é alvo de um pedido de CPI na Câmara de São Paulo e também de uma onda de mensagens de agressão e ameaças em redes sociais.
“Como todas as pessoas de boa vontade, o clero da Diocese de Marília, ainda consternado com as recentes notícias veiculadas pela imprensa nacional, lança essa Carta Aberta de Apoio de reconhecimento e gratidão ao sacerdote e todo seu trabalho de motivação e articulação eclesial e social”, diz o documento.
A carta reconhece o padre como “inspiração para a pastoral urbana de todo o país” e “modelo para a nossa ação eclesial no centro-oeste do Estado”.
O documento lembra ainda mensagem do Vaticano em 2018 que encoraja padre Júlio a não desanimar em sua atuação.
O padre ganhou visibilidade com ações de acolhimento a pessoas em rua e enfrentamento de serviços públicos contra moradores, especialmente na região da cracolândia, na capital.
Citou Marília em suas mensagens por duas vezes com críticas a uma campanha oficial da cidade contra a doação de esmolas a moradores em situação de rua.
A carta de apoio de Marília [é uma das poucas reações em defesa do padre no Oeste paulista, como mostrou o Blog do Rodrigo, do jornalista Rodrigo Viudes, referência em publicações sobre a Igreja Católica e atuação religiosa na região – acesse aqui a publicação – . Veja abaixo a Carta da Diocese.