Uma missa no próximo sábado, dia 27, vai reunir familiares e amigos em memória à estudante Catarina Mercadante, dois dias antes de completar um ano da colisão que provocou sua morte na rodovia SP-333 em Echaporã.
A celebração da missa – a partir das 16h na Igreja da Vila Xavier, em Assis, onde vive a família da estudante – representa bem duas situações que marcam a vida de pessoas próximas à estudante desde sua morte: manifestações de fé e saudade em meio à comoção que o caso provocou em diferentes cidades.
Tudo isso enquanto o acusado de provocar a colisão e morte tenta pela terceira vez uma medida para evitar que o caso siga para o Tribunal do Júri Popular com acusação de homicídio duplamente qualificado com dolo eventual – quando o acusado assume os riscos da conduta -.
Luiz Paulo Machado de Almeida apresentou recurso ao Tribunal de Justiça para contestar o julgamento pelo Júri popular. Perdeu. Tentou revisão e perdeu. Tentou transformar o caso em Recurso Especial ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Agora vai tentar que o STJ mude esta última decisão. Caso isso aconteça, a defesa poderá mandar ao tribunal superior o pedido para tirar o caso do Júri Popular. Mas as chances diminuem a cada recurso.
O pedido já tem parecer contrário do Ministério Público e deve receber nos próximos dias manifestação contrária do assistente da acusação, o advogado Carlos Pinheiro, contratado pela família de Catarina.
“O julgamento pelo Júri, com condenação e a previsão de uma pena de prisão é nossa expectativa por tudo o que esse caso apresenta. Pela morte brutal e precoce sem chance para a Catarina, pelo risco a tantas outras pessoas. Muita gente poderia ter se ferido naquelas condições”, diz o advogado.
O CASO
Catarina, que cursava medicina na Unimar em Marília, tinha passado o final de semana com a família em Assis e retornava para casa no domingo, dia 29. Próximo a Echaporã, Luiz Paulo dirigia uma camionete em diversas ultrapassagens em ponto proibido e de aclive.
A picape do acusado bateu de frente no Polo de Catarina, que faleceu no local. Primeiro, o acusado teria dito que cochilou.
Mas testemunhas se apresentaram e mostraram até vídeo da ultrapassagem em local proibido. A versão mudou para críticas à sinalização. A morte logo virou campanha com tema #nãofoiacidente para que a conduta fosse punida.
Luiz Paulo chegou a ser preso por ordem do Tribunal de Justiça, mas a prisão foi relaxada pelo STJ. Ele responde em liberdade.