
A Polícia Federal indiciou o influenciador fitness Renato Cariani por tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O inquérito terminou após dez meses de investigação e foi encaminhado ao Ministério Público Federal.
Além de Cariani, mais dois investigados foram investidos – Roseli Dorth, sócia de Cariani na indústria química, e Fábio Spinola -. Todos poderão responder a eventual processo em liberdade.
Segundo a PF, cerca de 12 toneladas de produtos químicos da empresa teriam sido desviados por transações dissimuladas para aplicação na produção de drogas.
A lista tem produtos como fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. Seriam suficientes para 19 toneladas de cocaína e crack, segundo a acusação.
“As investigações revelaram, ainda, que os envolvidos empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos, tais como interpostas pessoas e constituição de empresas fictícias”, diz a polícia.
Spinola seria o responsável por esquematizar o repasse dos insumos entre a Anidrol, fábrica de Cariani e Dorth, e o tráfico.
Desde que sua empresa foi alvo da operação da PF, o influenciador tem usado suas redes sociais para dizer que é inocente e explicar para seu público tópicos das investigações.
“Fui surpreendido com um mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas num processo que eu não sei”, disse na época.
Em 18 de dezembro prestou depoimento na sede da PF e disse ter respondido a todas as perguntas.