Marília

Mariliense radicada em Campinas transforma hobby com biojoias em renda e ganha público em todo país

Mariliense radicada em Campinas transforma hobby com biojoias em renda e ganha público em todo país

A advogada Marciomar Pires de Castro, uma mariliense radicada em Campinas depois de muitos anos morando em São Paulo, descobriu na produção de biojóias um hobby, fonte de renda e oportunidade de interação com público, feiras e cuidado pessoal. E agora vende para todo o Brasil.

Márcia, como é chamada pela família e amigos, passou toda infância e início da fase adulta em Marília. Mudou-se depois para São Paulo e Campinas, onde os três filhos – Cláudia, Carla e Conrado – cresceram. Cursou Direito e foi advogada até a visão começar a complicar o uso permanente de computador.

E em um momento difícil começou a produção das biojoias, por acaso, em 2006, após o falecimento precoce do marido, Osório Alves de Castro, o Osorinho, dirigente de vendas em grandes marcas, filho do escritor e alfaiate Osório Alves de Castro.

“Fui passar um tempo com minha irmã, em Porto Velho. Um dia me deparei com as sementes. Encantei com a beleza, cores. Aquilo chamou a tenção e comprei algumas”, conta.

Chegou em casa, jogou todas as sementes na mesa e produziu um colar, tipo de peça que sempre gostou de usar. Voltou e comprou o dobro de sementes.

Passou a montar peças como hobby, deu algumas de presente a amigas e começaram a aparecer pedidos. “Já estava virando um hobby com custo mais alto pelo fornecimento à distância, outros materiais. E eu disse: vendo.”

Na pandemia o lazer ganhou o país pelas vendas em mensagens de WhatsApp – acesse aqui para contato – e envio pelos correios. “Recebo mensagens de lugares muito distantes, às vezes inusitados. É um prazer extra encontrar clientes, que viram amigas, dessa forma.” Chegou ao instagram – aqui – e também foi surpreendida pela boa reação.

O marido de uma das amigas já atuava em feiras de antiguidades, decoração e artesanato, e convidou Márcia para expor uma vez. Virou expositora frequente. Mãe, avó, advogada, ela agora era também artesã em biojóias. E diversificou.

“As de sementes são as favoritas, mas trabalho com pedras, madre pérolas, perolas. Descobri maravilhas que a natureza tem e que podem tornar-se belíssimos adornos, embelezar. Sei que todas nós mulheres gostamos de peças únicas, de coisas belas”, destaca

A inspiração muitas vezes é jogar tudo na mesa, olhar para as peças até que vê um colar, uma montagem, uma nova imagem. Mas o cuidado para produzir foi além.

Viajou a Paraty, no Rio de Janeiro, para acompanhar uma feira que teria palestra e curso com Patrícia Moura, um dos principais nomes do país na área. “Aproveitei o evento para aprender.”

Hoje viaja pouco, mas criou uma rede de fornecedores que ajudam. Como a produção é artesanal e envolve dedicação e combinação, não tem entrega em massa de peças. E as que produz ganham ainda mais destaque.