Marília

Contratação de PCDs cai com pandemia, sobe em 2021 mas fica fora da cota em Marília

Contratação de PCDs cai com pandemia, sobe em 2021 mas fica fora da cota em Marília

O Observatório do Trabalho e Pessoa com Deficiência divulgou resultado de levantamentos de 2021, no primeiro ano pós pandemia de Covid, e mostra que Marília derrubou contratações em 2020, mostrou recuperação em 2021 mas segue abaixo das cotas e do índice de 2019.

O levantamento, que une o Ministério Público do Trabalho, Unicamp e Cesit (Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho) mostra que a cidade teve em 2021774 vagas ocupadas em 1.362 previstas. Índice de 57%.

Apenas 16 das 52 empresas registradas como obrigadas a manter cota mínima cumpriram a determinação legal. Elas representam 31% do total.

Em 2019, o número de vagas era pouco mais – 58% com 719 empregados em 1.233 vagas previstas – e a adesão de empresas também: 18 das 53 cumpriam metas com 34% do esperado.

A situação não é exclusividade da cidade. Bauru, Prudente. São Carlos e Araçatuba são alguns municípios que chegaram a 201 com índices piores: 20%, 26%, 19% e 14% das empresa, respectivamente.

O Observatório é uma ferramenta digital interativa para pesquisadores, agentes públicos e cidadãos no geral interessados em explorar dados relacionados à inclusão de população de pessoas com deficiência e reabilitados no mercado de trabalho do estado de São Paulo.

A atualização traz números relativos ao cumprimento da cota estabelecida pela lei 8.213, subdivididos em duas grandes regiões territoriais: a 2ª Região (Grande São Paulo e baixada santista) e a 15ª Região (interior de São Paulo e litoral norte), mostrando dados comparativos relativos aos anos de 2010, 2019, 2020 e 2021, possibilitando a análise de uma série histórica. O Observatório pode ser acessado clicando aqui.

Para a procuradora e coordenadora nacional da COORDIGUALDADE (Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho), Danielle Olivares Corrêa, tanto o MPT quanto outros órgãos de defesa dos direitos da pessoa com deficiência utilizarão os dados para o planejamento de políticas públicas e atuações em prol da efetiva inclusão desse público no mercado de trabalho.