Um projeto articulado por profissionais da Famema (Faculdade de Medicina de Marília) e do campus da Unesp em Marília recebeu aprovação eliminar e espera laudo definitivo do governo federal para levar novo plano de cuidado com trabalhadoras e futuras trabalhadoras da Atenção Psicossocial da cidade.
É um programa de estudo para o trabalho que leva a pesquisa e prática para formação profissional e atendimento aos envolvidos. É coordenado pelas pesquisadoras Danielle Abdel Massih Pio (Famema) e Meire Luci Silva (UNESP). A projeção é desenvolver atividades por 24 meses.
Os cenários de desenvolvimento do projeto serão três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) pertencentes à Atenção Psicossocial Estratégica da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do município de Marília.
“A coordenação atuará junto com os demais atores do projeto, nos cenários propostos, com atividades de graduação e pós-graduação das duas instituições de ensino (Famema e Unesp), com articulação ensino-serviço, por meio de convênios institucionais e do Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES), estabelecidos junto à Secretaria Municipal de Saúde (SMS)”, diz um comunicado encaminhado ao Giro Marília.
Serão utilizadas metodologias ativas de ensino e aprendizagem, com a realização de diversas atividades como cursos, capacitações, oficinas, discussões em grupo, simulações de prática, estudos de caso, atividades práticas e cenários de residência multiprofissional com foco em saúde mental.
“O projeto visa atingir trabalhadoras e futuras trabalhadoras da Atenção Psicossocial Estratégica. Pretende-se promover a saúde mental, prevenir violências no ambiente de trabalho e o desenvolvimento de políticas de promoção da saúde mental e formação de profissionais preparados para lidar com as demandas reais do Sistema Único de Saúde (SUS). “
Ainda de acordo com as coordenadoras, tem o potencial de desencadear uma série de impactos positivos nas condições de trabalho e atendimento.
“Ao promover a prevenção e a promoção da saúde mental, além de abordar a violência no ambiente de trabalho, ele visa fortalecer as trabalhadoras, com melhoria das condições laborais. Isso não só beneficia diretamente as trabalhadoras, mas também tem um impacto positivo na qualidade do cuidado oferecido aos usuários dos CAPS.”
As pesquisadores dizem ainda que trabalhadoras mais resilientes e capacitadas são mais capazes de lidar com os desafios do trabalho na área da saúde mental, o que pode resultar em um atendimento mais eficaz, empático e humanizado aos usuários dos serviços.
“Portanto, ao fortalecer as condições de trabalho das profissionais da saúde mental, este projeto tem o potencial de melhorar significativamente a qualidade do cuidado oferecido nos Centros de Atenção Psicossocial.”
Cada instituição (FAMEMA E UNESP) deve participar por formalização de parcerias com os serviços de saúde, seleção de estudantes, preceptores e tutores, organização de infraestrutura.
Vão promover ainda composição de grupos interprofissionais, articulação das diferentes organizações curriculares e desenvolver ações educacionais e formação dos tutores e preceptores.
“Atualmente a composição do grupo de trabalho deste PET Saúde conta com profissionais da Secretaria de Saúde, docentes do curso de Terapia Ocupacional e Ciências Sociais da UNESP e docentes dos cursos de Medicina e Enfermagem e da pós-graduação da Famema. “