O engenheiro Paulo Cesar Lapa deve fazer na próxima terça-feira, dia 16, uma nova vistoria nos prédios do conjunto Paulo Lúcio Nogueira, conhecido como CDHU, para definir a ordem de prioridades na desocupação dos apartamentos com famílias em situação de risco.
A realização da vistoria foi definida em uma audiência de conciliação realizada no início do mês para organizar a solução do problema com os prédios, que apresentam danos estruturais e diferentes situações de riscos.
Faltava a definição da data para a vistoria, que deve atingir todos os blocos do conjunto, de 880 apartamentos.
A nova perícia está longe de ser a única novidade estabelecida na audiência. A Justiça determinou que a prefeitura apresente um plano de contingência para desocupação e ainda teve propostas formais de ajuste para o caso.
A prefeitura admitiu pagar os custos da realocação temporária de todos os moradores caso a CDHU firme o compromisso de reformar os blocos ou construir novas moradias.
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A audiência definiu ainda possibilidade de o trabalho contar com apoio da Polícia Militar tanto para vistoria quanto para eventual desocupação no local.
O CASO
Desde 2018 uma ação judicial movida pela Defensoria Pública e Ministério Público acusa situações de riscos no conjunto de apartamentos. Em julho de 2023 uma vistoria do perito Paulo Lapa mostrou graves situações de risco e provocou uma ordem de desocupação a ser custeada pela prefeitura, que acabou suspensa.
Os prédios construídos pela CDHU na década de 1990 apresentam infiltração, danos em estrutura, falta de segurança em fiação, rede de gás e mais. A CDHU culpa os moradores. Não colou.
Nos meses seguintes os danos foram agravados e o Tribunal de Justiça autorizou a ordem de desocupação e integrou prefeitura e CDHU como responsáveis pela solução.
