O engenheiro José Carlos Santos de Almeida, presidente da Câmara de Marília em 1990, coordenou os trabalhos e a promulgação da Lei Orgânica de Marília, criada 18 meses depois da promulgação da Constituição.
Aos 80 anos, vive mais uma campanha eleitoral, que acompanha na cidade desde os anos 70. E faz questão de lembrar que o próximo mandato vai celebrar os 35 anos da Lei Orgânica com o compromisso de honrar a principal norma da cidade.
Durante a campanha eleitoral de 2020; enfrentando a epidemia
“Eu cumpri dois mandatos. Foi o que me comprometi a fazer e fiz. Fiz os dois com ideal”, conta o engenheiro. A esposa, Carmem Lúcia, confirma. “Ele era muito idealista”, conta ela.
Nasceu em Marilia no dia 19 de janeiro de 1944, filho de Galdino Alfredo e Luiza Santos. O tio, conhecido como Zezé Almeida, foi um dos fundadores da Casa Bancária Almeida, que deu origem ao Bradesco.
Cursou engenharia no Mackenzie, em São Paulo, onde trabalhou em empresas de obras e construções como a Cohab. Voltou para Marília nos anos 70.
Montou escritório de engenharia, que depois tornou-se uma empresa de construção, na rua Dom Pedro, onde atuou com o amigo e arquiteto Miguel Souza e Silva.
Indicado para homenagem na Associação dos Engenheiros
Foi presidente da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos da cidade – reconhecido e homenageado por isso em 2015 -.
Em 1982 lançou sua primeira candidatura a vereador. Foi eleito com 996 votos, expressivos na época, um número relevante ainda hoje.
Buscou a reeleição em 1992. Recebeu 910 votos e retornou à Câmara. Foi presidente nos dois primeiros anos daquele mandato.
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O trabalho envolveu a organização, regulamentação, formação de comissões, consultas à comunidade, juristas e autoridades para produzir a Lei Orgânica, algo como a constituição dos municípios.
“Ninguém nunca havia feito, ninguém sabia perfeitamente como fazer. E nós fizemos, com o conjunto técnico da Câmara, com os outros parlamentares. E quando ficou pronta muitas cidades pediram o modelo. Eu viajei muito com a Lei Orgânica debaixo do braço”, conta.
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Pela atuação na Câmara, envolveu-se e foi presidente da Uvesp (União dos vereadores do Estado de São Paulo) e mostra orgulho pelo trabalho.
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“Tinha um diretor em cada região. Levamos a União para todos os pontos do Estado de São Paulo”, disse.
Apesar desses contatos nunca tentou mandato federal e nem pensou em sair de Marília. “Nunca, sempre pensei mais e mais em ficar.” Algum ponto preferido na cidade. “Não, gosto de forma geral. Gosto de estar em Marília.”
A esposa, Carmem, e as filhas, Carla, Fernanda e JulianaE em meio tudo isso, manteve o casamento com a professora Carmem, parceria nas campanhas e aguerrida companheira que foi a força na criação das três filhas do casal – Carla, Fernanda e Juliana -. Fernanda é candidata a vereadora, mas isso é tema para outra história.
Valeu a pena? “Muito. Política pra mim é muito apaixonante”.
