Foi sepultado na manhã desta sexta-feira em Vera Cruz o adolescente Cauã Costa, 15 anos, que faleceu na quinta-feira em caso de grande repercussão por revolta da família e críticas aos atendimento na cidade.
Cauã era portador de uma condição genética rara. Seu irmão, Otávio, faleceu com o mesmo problema há quase um mês. A morte do jovem provocou reação desesperada da mãe, Juliana, e acusações contra o serviço.
Um relatório médico oficial divulgado pela empresa responsável pelo PA descarta falhas e diz que o atendimento seguiu o mesmo protocolo que seria realizado no HC de Marília.
O documento reproduz manifestação técnica da equipe de saúde responsável pelo socorro. “O paciente portador de adrenoleucodistrofia, insuficiência adrenal, encefalopatia crônica progressiva deu entrada às 11h01 em parada cardiorrespiratória”, diz a nota oficial.
Ainda de acordo com a equipe, Cauã apresentava quadro com ausência de pulso, pupilas midriáticas (dilatadas) e sem reação à luz. O relatório apontou ainda cianose central, que é a coloração azulada da pele e evidencia de assistolia, situação de falta de atividade cardíaca.
A nota diz que foram desenvolvidas manobras de reanimação em 15 ciclos sem retorno à circulação espontânea e que o óbito foi registrado às 11h31.
“Foi realizado todo protocolo possível perante o quadro para que o paciente fosse reanimado e estabilizado antes de ir para Marilia, pois o objetivo principal era traze-lo de volta à vida”, diz a nota.
O documento informa ainda que o protocolo realizado no pronto atendimento de Vera Cruz está de acordo com as diretrizes da Associação Americana de Cardiologia e que “seria o mesmo procedimento realizado no HC Famema.
“Foi encaminhado para Serviço de Verificação de Óbito devido entrada em nosso serviço já em parada cardiorrespiratória.”