Marília

Furtos de fios espalham prejuízos, vítimas pedem combate a compradores

Furtos de fios espalham prejuízos, vítimas pedem combate a compradores

Um advogado, dono de um prédio no centro comercial de Marília, encontrou o imóvel sem ligações de energia. Descobriu uma invasão com danos no telhado, manta térmica, furto de canos do ar-condicionado. E na conversa com amigos descobriu mais dois casos próximos. São novas vítimas em uma onda de danos.

Pior. No dia seguinte percebeu que os invasores retornaram para levar mais material. Decidiu passar a noite no imóvel até os reparos e novas medidas de segurança. Os gastos passam de R$ 4.000. A indignação, não tem preço.

“É uma situação quer cria muitos transtornos. E tão ruim quanto isso é imaginar que o invasor, quem furtou, vende por ninharia e alguém compra pra reciclar e vender”, disse o advogado.

A reação foi a mesma de um dos amigos, que tem um prédio alugado perto da avenida República. A retirada de fios, cabos e outras peças de metal que possam ser vendidas é acompanhada por outros estragos e danos.

“A gente sente um tipo de revolta em série: tem as perdas, o trabalho de repor, o risco de repor de novo e ir embora sabendo que a tradição é não acontecer nada. Quem invadiu vence, quem comprou vence. Perde o cidadão”, disse o dono do imóvel.

O crime está longe de ser novidade e já espalhou entre as vítimas hospitais, prédios públicos de diversos serviços, poliesportivos, rede de iluminação pública e casas, às vezes até com moradores dentro. A TV Câmara e outras emisssoras já provocaram alerta sobre ondas e impunidade nos casos.

Alguns dos crimes envolvem ações mais elaboradas, como a invasão com o corte das mantas térmicas, telhas quebradas, corte de canos, retirada dos fios até a ligação na caixa de controle de energia.

Compradores dos fios conhecem o crime na outra ponta do negócio. Ainda assim os casos se repetem