Convenções no final de semana consolidaram a formação de uma frente popular que terá a enfermeira Nayara Mazini como candidata a prefeita pelo PSOL com o advogado e jornalista Henrique de Arruda Neves candidato a vice indicado pelo PT, em Federação com PV e PC do B.
Nayara terá sua segunda campanha à prefeitura e diz que as expectativas são “as melhores”, apesar do perfil conservador da cidade e acusou um “trágico quadro de figuras que se propõem a governar nossa cidade hoje.
“Venho de uma família tradicional, conservadora e religiosa e essa foi minha base estrutural de vida. Acredito que a população de Marília busque um candidato que tenha princípios, valores, tenha idoneidade, honestidade. Um candidato que trabalhe contra a corrupção, traga segurança e confiança às pessoas, tenha um olhar diferenciado para as necessidades daqueles que mais precisam de políticas públicas. Reúno todos estes requisitos e isso é comum às exigências tanto das famílias conservadoras como das famílias progressistas de nossa cidade. “
Para Henrique Neves, a expectativa é “levar uma candidatura efetivamente popular, apontando a necessidade de mudança na administração municipal, que nos últimos anos vem se mostrando cada vez mais ineficaz, principalmente em relação aos menos favorecidos”.
Enfermeira, com atuação no movimento social e de saúde, defesa do SUS e da cannabis medicina, Nayara terminou a eleição de 2020 em terceiro lugar entre os votos válidos e lembrou a campanha em plena pandemia e com um financiamento total de cerca de R$ 10 mil.
“Foi uma campanha muito linda, muito limpa, íntegra e verdadeira, olhando nos olhos das pessoas, me apresentando, ouvindo as necessidades de cada mariliense e levando minhas propostas de governo. Na atual conjuntura, temos um potente arco de alianças que reverberam minha candidatura com pleno potencial para ser a primeira prefeita eleita de nossa cidade.”
Henrique disputa sua primeira eleição. Diz que a motivação é sonhar com uma mudança na cidade, onde vive e completa 65 anos de idade. “São partidos que abriram mão de suas divergências menores para se unir em suas convergências políticas e ideológicas. Uma coesão que começa a mudar a história política da esquerda em Marília.”
Jornalista com mais de 40 anos de atuação e passagem pelos principais veículos de comunicação na cidade, é também advogado e consultor jurídico, casado com Cleide e pai de um casal de filhos.
A enfermeira defendeu sua eleição como uma mulher com olhar amplo para todas as políticas públicas que são necessárias para uma cidade prosperar. “Minha candidatura hoje é a única que representa todas as pautas que requerem um cuidado urgente e uma intervenção ágil de governança, capaz de suprir o desolamento por qual passa nossa cidade, inclusive com a trágica dívida pública e as recorrentes demandas que nunca são resolvidas.”
A frente deve ter chapa completa de candidaturas à Câmara da cidade e superar os 30% de mulheres candidatas previstas em lei. A meta é eleger três entre as 17 vagas deste ano. “Ainda é necessário que as pessoas de fato queiram renovar a Câmara para que tenhamos mudanças políticas exponenciais.”
O plano de governo deve ser divulgado nos próximos dias. “Temos debates indiscutivelmente críticos a enfrentar sobre a dívida pública, o Daem, o Ipremm, o alto índice de suicídio e o desmonte da rede de Saúde Mental, falta de acesso à consultas de especialidade, exames e procedimentos na saúde, os desastres na educação, o sucateamento de todas as estruturas públicas, a situação de adoecimento e desvalorização dos servidores públicos”, disse. Apontou “caos da mobilidade, planejamento urbano e trânsito” e uma situação ambiental “gritante”