A Operação Darkholme, do Ministério Público de Goiás, revelou atuação de uma quadrilha formada para golpes pelo WhatsApp, com base em três cidades daquele estado e número de várias cidades, descoberta a partir de crimes em linhas com DDD 014.
A investigação provocou seis mandados de prisão e cinco de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. Começou com informações obtidas pelo núcleo do Gaeco em Bauru e revelou casos em todo o país.
“As investigações da operação começaram com um golpe que aconteceu em Bauru. Não foram identificadas, até o momento, vítimas que morem em Marília. No entanto, os promotores responsáveis pelas investigações esclarecem que, como são muitos os golpes aplicados, pode ser que algum tenha ocorrido em Marília”, diz um comunicado do MP de Goiás.
As investigações ainda não foram concluídas e como elas são sigilosas, qualquer afirmação nesse sentido só poderá ser feita após a conclusão.
Os envolvidos movimentaram pelo menos R$ 3 milhões. Apenas um dos aparelhos utilizados pelos criminosos usou 67 chips de DDD’s distintos em menos de 40 dias.
Durante a operação, foram localizadas milhares de fotografias de alvos (preferencialmente advogados e médicos) e contatos de seus familiares.
A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MPGO e atuação de 50 agentes públicos, dentre promotores de Justiça, policiais militares e servidores do MPGO.
O CyberGaeco reforça a necessidade de tomar cuidado com as mídias sociais e com os contatos feitos por números desconhecidos, mesmo que pareçam vir de pessoas conhecidas.
“Eles buscavam as pessoas cujos familiares seriam abordados, coletavam fotografias e faziam contato como se fossem o dono do telefone, mas que estivesse usando um número novo. Havia milhares de fotos de pessoas de todo o Brasil”, afirmou o promotor Fabrício Lamas Borges da Silva.
Segundo Lamas, alguns dos golpistas já possuem passagem policial pela prática de outros crimes. “Hoje é mais fácil para um criminoso praticar um crime no celular do que pegar uma arma e ir para a rua, correndo risco”, analisou.