Aumentou o número, o volume de espécies e o movimento de animais silvestres em busca de alimentos deixados próximos à área de matas devastadas por queimadas em fazendas de Pompéia. Novos registros em áreas atingidas por queimadas na zona rural de Pompéia mostram passagem de ante com filho, macacos e até onça parda.
A movimentação dos animais acontece próxima área urbanizadas na divisa com a fazenda, que inclui centros de ensino e empresas.
As visitas, sem qualquer ataque ou situação de risco a pessoas, foram registradas por voluntários que atuam na distribuição de alimentos e água.
PRESERVAÇÃO
A entrega ainda é consi1erada a melhor forma de garantir alimentação, há que dias repetidos de incêndios devastaram matas e áreas de preservação nas fazendas Guaiuvira e Água do Cedro.
Só na segunda-feira, funcionários do SENAI de Pompeia registraram os macacos, anta e até uma onça parda. Os vídeos foram encaminhados pelo colaborador Marcos da Silva Gomes, que também atua como voluntário. A anta apareceu com filhote.
“Filmamos mãe e filhote de anta na divisa da Fundação Shunji Nishimura com a Fazenda. Avistamos os animais quando fomos colocar alimentos e água no final da tarde dessa segunda-feira”, relatou.
Biodiversidade
De acordo com o gestor da fazenda e zootecnista Mário Bastos, são muitos os benefícios da manutenção dos animais silvestres em seu habitat.
“É uma mata que suporta animais chamados de topo de pirâmide alimentar, de grande porte, que precisam de grandes extensões e de uma biodiversidade que garanta a sua sobrevivência. Essa é uma área que possibilita a sobrevivência desses animais”, explicou.
A segunda grande vantagem é a própria contribuição dos animais na integração e recuperação da fauna e flora.
“Os animais como macacos, antas e pássaros são grandes dispersores de sementes e sua presença é fundamental para a simbiose de fauna e flora, um ajuda o outro trabalhando em conjunto para a recuperação da mata. Quando maior a variabilidade de fauna e flora maior a riqueza de biodiversidade da mata e é isso que temos na mata das fazendas hoje”, explicou.
Os voluntários permanecem em campanhas de arrecadação de alimentos, que seguem sendo distribuídos diariamente, sem prazo para terminar.
Para isso o grupo está aceitando doações de alimentos como frutas e vegetais, além de rações, alpiste e sementes para pássaros.
O manejo da floresta visando sua recuperação é mais complexo e demorado, sendo que também irá necessitar de doações de mudas e sementes de vegetação nativa.
Para saber como doar e conhecer melhor a história das Fazendas Guaiuvira e Água do Cedro acesse: http://guaiuvira.com.br