Assim como nós, seres humanos, precisamos de atenção e hábitos saudáveis para preservar a saúde do coração, cães e gatos também necessitam de cuidados específicos para prevenir problemas cardiovasculares. Essas doenças costumam se manifestar de forma silenciosa nos animais de estimação, o que dificulta a identificação e pode levar a consequências graves, como a morte.
Mayara Andrade, médica-veterinária especializada em nutrologia de Guabi Natural, marca da BRF Pet, pioneira do segmento Super Premium Natural para pets, explica que a identificação precoce e medidas preventivas podem ajudar a garantir a saúde do coração dos animais. Abaixo, a especialista esclarece as principais dúvidas sobre as doenças cardiovasculares. Confira!
1. Quais doenças do coração são mais comuns nos pets?
Segundo a médica-veterinária, as doenças mais comuns nos pets são a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e a Cardiomiopatia Dilatada (CMD), além de outros tipos de degeneração valvares, como a degeneração da válvula tricúspide. Essas condições afetam a capacidade do coração de bombear sangue de maneira eficaz, levando a acúmulo de líquidos no corpo e comprometendo a saúde geral dos animais.
“As doenças cardíacas são relativamente comuns e podem ser congênitas, quando falamos principalmente de filhotes, ou aparecer no decorrer da vida, com o avanço da idade, como alterações degenerativas das válvulas cardíacas”, explica a veterinária.
Mayara Andrade explica que outra doença cardiovascular frequente é a dirofilariose, também conhecida como verme do coração, que é um tipo de cardiopatia parasitária transmitida por um mosquito, podendo causar alterações cardíacas, pulmonares e sistêmicas e até levar o animal a óbito.
“Ela é uma zoonose grave, transmitida por alguns mosquitos conhecidos como o Culex spp e o Aedes spp, induindo o aegypti. Ao picar um animal contaminado, o mosquito pode carregar as larvas do verme para outros animais ou humanos. É uma doença perigosa porque a dirofilariose não apresenta sintomas, um fator que faz da prevenção uma medida crucial. Tosse, cansaço e insuficiência cardíaca aparecem mais tarde. Diante de qualquer dúvida, recomendamos procurar o veterinário”, explica.
2. Quais raças são mais predispostas?
Segundo Mayara Andrade, raças como doberman, boxer e cocker spaniel são mais predispostas à Cardiomiopatia Dilatada (CMD), por exemplo, enquanto raças menores como poodle, lhasa apso e yorkshire terrier são mais suscetíveis a doenças valvares, como a degeneração valvar crônica, que pode levar à Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC).
“Independentemente da raça ou idade, é essencial o acompanhamento frequente ao médico-veterinário e a realização de check-up como parte da rotina clínica. Dessa forma, até raças predispostas podem ter a detecção de doenças cardíacas precocemente”, alerta.
3. Como a alimentação saudável pode ajudar?
A médica-veterinária explica que manter uma dieta saudável e equilibrada com os nutrientes necessários é fundamental para a prevenção de doenças cardíacas e para manter a qualidade de vida dos animais. Além disso, conforme a especialista, existem alguns nutrientes, conhecidos como ingredientes funcionais, que podem ser grandes aliados na prevenção de cardiopatias.
Entre eles, estão a taurina e carnitina, aminoácidos que auxiliam na força de contratura do músculo cardíaco, contribuindo para o melhor funcionamento do coração, bem como o ômega 3, mais especificamente o EPA e DHA, que também está associado a melhora da saúde cardíaca e redução das taxas de lipídeos (colesterol e triglicerídeos) no sangue.
Os alimentos super premium naturais, que são opções saudáveis e completas para os pets, por exemplo, atendem às necessidades dos animais e auxiliam na manutenção do peso ideal, contribuindo para a saúde, o bem-estar e uma vida mais longa e saudável.
4. Quais são os sintomas das doenças cardíacas?
Segundo Mayara Andrade, em geral, cães e gatos podem apresentar sintomas como dificuldade de respirar, dispneia (respiração rápida e curta), falta de ar, cansaço, tosse similar a engasgo, intolerância ao exercício, língua arroxeada, podendo até ter desmaios. Esses sinais podem aparecer todos juntos ou irem aumentando conforme a doença evolui.
“É importante sempre observar o pet e, ao notar qualquer alteração, é fundamental procurar um médico-veterinário para uma avaliação. Com a evolução da medicina veterinária, hoje podemos contar com exames mais específicos para o coração como o eletro e o ecocardiograma, bem como profissionais especialistas em cardiologia, podendo, dessa forma, diagnosticar precocemente, tratar corretamente e, consequentemente, promover saúde e bem-estar para os pets“, completa.
A especialista explica que as doenças cardíacas podem afetar a qualidade e expectativa de vidas dos animais, mas, quanto antes for diagnosticada, maiores as chances de sucesso no tratamento e, consequentemente, melhor prognóstico.
Por Ana Kucera