Wellington, cadeirante, mais um dos clientes presos a uma longa fila do Itaú na segunda-feira, relatou solução drástica em Marília: passou a noite na porta do banco. E hoje recebeu.
“Vou dormir em minha cadeira de rodas, com uma blusa e um lençol. Se não for assim não conseguirei minha senha pra receber meu benefício”, contou em mensagens por celular.
As postagens chegaram pouco depois de meia noite. Wellington enviou fotos sozinho na porta da agência, na avenida Tiradentes.
Retomou as mensagens pela manhã com indicação de sucesso na decisão. “Consegui, fui o primeiro da fila. Mas também, com a hora em que cheguei aqui.”
A situação vexatória do cadeirante é mais uma lista em queixas por transtornos em longas filas na porta da agência.
Beneficiários contam que os pagamentos estavam em outro banco e sem muitas explicações passaram ao Itaú. A agência ficou sobrecarregada e com limite de atendimentos por dia.
“Eles disseram que atendem 80 por dia. Já haviam mais de 70 e eu vi que não ia dar. Fui embora”, contou uma mulher. Ele foi buscar benefício do irmão, outro caso de cadeirante.
Em resposta às queixas o banco divulgou nota oficial. Veja abaixo
“O Itaú Unibanco reafirma seu compromisso de oferecer atendimento de qualidade e segurança aos clientes e lamenta o transtorno causado. Em razão de um aumento significativo no fluxo de clientes, oriundos do encerramento de agências de outras instituições financeiras, o banco implantou um plano de contingência, iniciando às atividades duas horas mais cedo, com a abertura da agência às 9h da manhã, além de aumentar o número de assentos e de agentes de atendimento.”