Caso Katrina

Justiça manda apreender celulares em apuração da morte de Katrina

Caso de morte em Promissão terá perícia em celulares
Sepultura de Katrina em Promissão: justiça manda apreender celulares e fazer perícia | Arquivo Pessoal/Sabrina Silva

A Justiça determinou a apreensão e perícia em celulares de duas testemunhas quase 90 dias após a morte da estudante Katrina Bormio Silva na saída da festa de peão de Promissão.

A perícia atinge os telefones de um policial militar e de um vigilante. Trata de apuração sobre mensagens do delegado Vinícius Martinez, autor do disparo que matou Katrina. Também deve investigar mensagens com informações de uma testemunha.

A medida atende um pedido do Ministério Público para confirmar informações que já estão em depoimentos das testemunhas.

O caso, meses após a morte em 4 de agosto, avança de forma lenta e o delegado segue em atividade na Polícia. A última publicação oficial mostrou a transferência de Vinícius Martinez para a Polícia Civil em Ourinhos.

“É mencionado que as testemunhas estão em poder de dados enviados pelo denunciado no dia do ocorrido. Aliás, isso é confirmado pelo depoimento de ambos. Ambos mencionam ter recebido mensagens enviadas pelo denunciado com possível relação com o fato criminoso apurado”, diz a decisão que determinou a perícia nos aparelhos.

O policial, de acordo com o despacho, disse que recebeu apenas mensagem sobre a apresentação de um homem detido.

Katrina Bormio, morta quando deixava Festa do peão em Promissão

Os tiros que acabaram na morte de Katrina envolvem uma reação do delegado a uma situação de possível desacato entre policiais militares e um suspeito.

A família de Katrina acusa o delegado de usar a arma sem devido cuidado e após consumir bebida alcóolica. Vinícius Martinez chegou a ser detido, mas conseguiu ordem judicial de libertação.

“Portanto, tem-se que se trata de intervenção mínima na propriedade alheia com vistas a apurar suposta prática criminosa que, segundo o Ministério Público, se reveste de gravidade, pelo resultado morte de uma das vítimas, além de possível desvio funcional de agente de segurança”, diz a decisão.