O HBU (Hospital Beneficente Unimar) protagoniza evento diferente e faz tomografia computadorizada em um fóssil de tartaruga com aproximadamente 80 milhões de anos.
Recebeu o espécime, uma descoberta de pesquisas na região de Presidente Prudente, do paleontólogo mariliense William Nava. Ele é diretor do Museu de Paleontologia de Marília e buscou suporte para análises detalhadas.
Segundo Nava, o objetivo do exame era verificar a presença do crânio no fóssil. “Pelo que foi possível apurar, o crânio não está preservado, o que é uma pena. No entanto, identificamos outras estruturas ósseas, como a coluna vertebral e os membros anteriores e posteriores. Indicando que o esqueleto pós-craniano está preservado”, explicou o paleontólogo.
A descoberta do fóssil de tartaruga foi em um sítio paleontológico próximo a Presidente Prudente e revelou espécimes do período Cretáceo Superior. Representa idades estimadas entre 65 e 80 milhões de anos.
A região é reconhecida por sua riqueza paleontológica, abrigando fósseis de diversas espécies, incluindo tartarugas, crocodilos e aves primitivas.
Tomografia em fóssil
A paleontóloga Joyce Celerino destacou a importância da tomografia na paleontologia.
“Esse procedimento nos permite observar detalhes internos que seriam invisíveis sem o exame, auxiliando na descrição e na reconstrução 3D do fóssil. Comparando com organismos atuais, como as tartarugas da Amazônia, notamos semelhanças que enriquecem nosso entendimento evolutivo”, afirmou.
Para o coordenador do Mestrado Profissional em Medicina Veterinária da Unimar, Marcílio Félix, a iniciativa representa um marco para a instituição e para Marília.
“É a primeira vez que realizamos uma tomografia em um fóssil aqui. Geralmente, Nava e sua equipe precisam se deslocar para outras cidades para esse tipo de exame. Essa parceria com o Museu de Paleontologia fortalece nosso programa de mestrado e amplia as possibilidades de pesquisa”, ressaltou.