São Paulo - Uma operação policial mira advogados e líderes de uma ONG por suspeita de apoio a facção de crime organizado e atinge o Oeste Paulista.
A Operação Scream Fake (falso grito, em português) cumpre 12 mandados de prisões preventivas e 14 de busca e apreensão.
Envolve ações em São Paulo, Guarulhos, Presidente Prudente, Flórida Paulista, Irapuru, Presidente Venceslau e Ribeirão Preto. Atinge também alvos em Londrina.
As investigações já dura quase três anos. Começaram depois de flagrar visitante com cartões de memória na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.
A análise do conteúdo mostrou controle de detentos para três núcleos de atuação em apoio ao crime organização. São os “gravatas”, “gravatas”, “saúde” e “financeiro”.
Os advogados formariam o primeiro setor “gravatas”. Têm função de assistência jurídica e de apoio a outros setores, como o “saúde”, para selecionar médicos e dentistas.
Segundo o comunicado oficial, os profissionais da saúde prestam o serviço “sem saber que estão colaborando com a facção”, apesar de valores expressivos.
Conforme as investigações, a organização financia esses procedimentos por meio de recursos de práticas criminosas. Aí entra o setor “financeiro”.
Os policiais descobriram, ainda, que há um quarto setor da facção, o das “reivindicações”.
Uma ONG com sede no interior de uma comunidade em São Bernardo do Campo seria a base para esta atuação.
O presidente e o vice-presidente da ONG também são alvos da operação de hoje.