Uma denúncia da família leva morte de Josi Dias, servidora municipal e mãe atípica, à polícia em Marília e encaminha medidas judiciais de apuração.
Josiane Gomes Pelegrin Dias faleceu no dia 9 de janeiro após alguns dias de procedimentos em unidade de pronto atendimento de Marilia. Deixou vídeos em que acusa condições de negligência e até uma ‘pisada’ sofrida por um funcionário.
O registro policial cita os nomes de dois médicos que responderam pelo atendimento nos dias em que Josi ficou na unidade. A polícia tratou o caso inicialmente como ‘não criminal’ para “melhor apuração pela delegacia da área”.
A denúncia é o primeiro passo de outras medidas que a família anunciou e devem incluir medidas cíveis de responsabilização. Também prevê medida administrativas contra os profissionais, como representação ao Conselho Regional de Medicina.
Segundo o advogado Lucas Dantas, que comanda o escritório de advocacia que representa a família, haverá diferentes momentos para as medidas, de acordo com a evolução do caso.
A família apresentou o caso pelo sistema digital de registros pela internet. O documento já ganhou tramitação interna na Seccional de Polícia para encaminhar a apuração.
Denúncia da família
O boletim aponta situações como omissão no socorro a Josi e lesão que culminaram com morte – para eventual apuração de homicídio –.
Acusa ainda falsificação de documento por atestado de óbito que aponta morte por broncoaspiração de vômito. Para a família, há indícios de um caso de infarto que teria sido ignorado no atendimento.
A apuração, ao final, pode atingir também a gestão da unidade e o município de Marília, responsável pelo serviço de saúde.
Josi era uma ativista da inclusão, especialmente para crianças com transtorno do espectro autista. Mãe atípica solo, deixou três filhos, hoje sob cuidados de sua mãe.