Marília - Dez dias depois de um flagrante, córrego com cachoeiras de uso público tem novo despejo de esgoto em área nobre da zona leste de Marília. E o problema vai, mais uma vez, para a Cetesb.
A constatação do despejo está em vídeos e fotos de uma vistoria por ambientalistas da ONG Origem, que já denunciou série de casos no local desde o final do ano passado.
Além de contaminar córrego e fontes de água de forma ilegal, o despejo de esgoto compromete pontos de atração pública.
É o caso da cachoeira 1º de Maio, que alguns frequentaradores conhecem como Cachoeira do Horário. Há dez dias o despejo pegou cachoeira com movimento e contaminou grupo de moradores em situação com relatos de problemas de saúde.
O ponto de despejo atinge duas cachoeiras e chega à represa Água do Norte, que foi o primeiro sistema de abastecimento da cidade.
Após meses e diferentes queixas a diferentes órgãos públicos e de saneamento, não há sequer informação clara sobre o ponto original do despejo ilegal.
Despejo de esgoto em área nobre
O esgoto desce com a rede de escoamento da chuva. A nova representação da Origem à Cetesb pede que, além de medidas, a companhia de saneamento informe o andamento do caso.
“Solicitamos que sejam tomadas providências urgentes e que recebamos relatório informando sobre as causas do vazamento e quais medidas foram tomadas. E se as mesmas são suficientes para resolver definitivamente o problema”, diz o relatório a que o Giro Marília teve acesso.
Os flagrantes no local começam em novembro do ano passado. A ONG repetiu vistorias e constatou que o despejo para e volta de tempos em tempos.
Encaminhou denúncia no dia 27 de janeiro e no dia 31 a vistoria mostrou tubulação sem despejo.
Voltaram ao local na terça-feira e o esgoto estava lá, poluindo a água que corre para pontos turísticos da cidade. Além dos órgãos de saneamento, o caso pode chegar ao Ministério Público.