Vera Cruz - Uma prisão por furtos no cemitério na cidade de Vera Cruz (15km de Marília) faz mais que punir o crime e resgata placas com até 70 anos e peças muitas memórias de famílias. Revela o impacto emocional e de acervo que vai muito além do valor econômico das peças.
O trabalho é fruto de uma incursão da Polícia Civil para coibir onda de furtos no cemitério da cidade. Foram dezenas nos últimos dias. O resgate mostra material de relevo.
Uma placa é a memória pelo falecimento de Manoel Fernandes Nuevo em dezembro de 1953. Envolve uma família tradicional da cidade, que revelou empresários e político com influência na região.
Uma placa de bronze pesada, que teria alto custo para produção de nova peça, poderia chegar ao mercado de receptação a preço de banana. E virar reciclagem.
E Seria o mesmo destino para um crucifixo, manifestação de fé e esperança de acolhimento espiritual com anos de uso em uma sepultura de família.
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Pouco depois da relação do material, fotos em grupos de mensagens mostravam o ponto exato da do que seria a peça no local, bem no centro do túmulo. Qual valor da peça nas ruas?
Memórias de famílias
A Polícia Civil recuperou ainda vasos com enfeites personalizados, material de bronze avaliado em até R$ 1.000 por peças, enfeites com mensagens antigas de pesar, saudades e despedida.
“Perderam o respeito, a dignidade. Uma vergonha chegar em um ponto desses”, relatou em postagem outra moradora que descobriu furto de letreiros em sepultura de familiares.
A prisão e o recuperação das peças são início de uma reação. Falta mais. As queixas mostram muitos furtos e falta o resgate da paz e serenidade para as visitas no o cemitério que por tradição de nome deveria ser campo santo.
