
O Tribunal do Júri Popular condenou o acusado Luís Henrique Bezerra da Silva a 26 anos e seis meses de prisão por matar e enterrar o corpo de Adriano Silva Barreto, 37 anos, em quintal de casa de Guaimbê.
O crime chocou a cidade e teve impacto regional pela violência, motivo passional e a forma como ele Alini Lilian Guedes, que vivia com Adriano, executaram.
A decisão atende denúncia do promotor de Justiça Rodrigo Laureano. A sentença foi publicada após sessão do Tribunal do Júri ocorrida nesta quinta-feira (20/2).
Não apenas planejou a morte da vítima, como também executou o delito mesmo sabendo que os filhos desta estavam presentes no local, demonstrando absoluto descaso com o trauma que causaria às crianças ao presenciarem a morte violenta de seu genitor.
Luís Fernando Vian, juiz da Vara Única de Getulina
Luís Henrique tinha 29 anos quando cometeu o crime. Alini tinha 33. Ele recebeu condenação por homicídio com três qualificadoras, além da ocultação do corpo.
Segundo o juiz Luís Fernando Vian, “demonstrou elevadíssimo grau de culpabilidade”, tendo em vista que premeditou a execução do crime, conforme evidenciado pela dinâmica dos fatos.
A sentença aponta ainda que a frieza “revela personalidade distorcida e alto grau de reprovabilidade de sua conduta, o que justifica maior apenamento.”
As investigações apontaram que a esposa da vítima expressou ao réu o desejo de se livrar do marido. A denúncia acusa os dois de armar uma emboscada para a vítima.
Alini atendeu o telefone, saiu para caminhar e chamou o marido. Uma filha, adolescente acompanhou. Ela testemunhou o caso.
Primeiro, Luís atropelou o homem. Ainda manobrou para passar com o carro sobre ele. Foi para casa, voltou com outro veículo. Colocou a vítima no porta-malas.
Ele voltou para sua casa, para onde Alini seguiu, e enterrou a vítima. O casal ainda pediu ajuda.
Alini também responde pelo homicídio, mas terá julgamento em outro caso. A mulher responde pelos fatos em processo diferente e recorreu para evitar ir ao Júri.