Marília - O delegado de Polícia civil Vinícius Martinez, acusado pela morte de Katrina Bormio Silva, 16, em Promissão, consegue duas medidas em que adia depoimento na Corregedoria e prorroga licença médica no serviço.
Os dois casos tiveram publicações nesta terça-feira com decisões administrativas que envolvem o caso e a situação funcional do delegado, ainda um servidor do Estado.
O depoimento no procedimento administrativo deveria ocorrer hoje em apuração que pode levar à demissão de Vinícius Martinez.
Em portaria para cancelar a audiência, a Corregedoria cita atestado médico que considera o delegado “impossibilitado de comparecer” em virtude de “problemas de saúde”.
A defesa de Vinícius Martinez pediu ainda a suspensão do processo administrativo até o completo restabelecimento do delegado. A Corregedoria negou. Entre outros argumentos, citou que o processo criminal segue.
Tem inclusive previsão de uma audiência no dia 9 de maio. Mas a data coincide com o período da nova licença médica. O Estado de São Paulo atendeu “laudo medico-pericial” e deu ao delegado mais 89 dias de licença a contar de 10 de março.
Licença médica no serviço
Vinícius Martinez, que segue delegado e em atividade junto à Seccional de Polícia em Ourinhos, vinha em licença médica de 90 dias desde novembro de 2024.
O prazo venceu no final de fevereiro. O delegado protocolou novo pedido. Na manifestação desta terça-feira, a decisão considera “conclusão medico-pericial”. Concede licença “em razão de prejuízo da capacidade laborativa do servidor.
A audiência deve acontecer no dia 9 de maio com três rodadas de depoimentos para testemunhas de defesa e acusação.
Vinícius Martinez, que morava em Marília na época da morte de Katrina, responde a denúncia por homicídio qualificado. Ele atuava em Lins na noite em que foi à festa do peão em Promissão.
Interveio em um tumulto entre um suspeito e policiais militares. Sacou arma, fez disparos no local com grande movimento de pessoas. Um tiro atingiu Katrina, que esperava o pai para ir embora