A Biblioteca Municipal João de Mesquita Valença vai deixar o prédio onde funciona no centro cultural da praça das Bandeiras, ao lado do teatro, para ocupar um prédio alugado na esquina das ruas São Luiz e São Carlos e a mudança provocou polêmica.
A medida deve abrir espaço para a formação do que a administração anuncia como um “complexo de cultura”, que vai levar para o prédio três centros de atendimento que hoje usam prédios alugados.
Contra a mudança, estão diferentes personalidades de Marília e até a Comissão de Registros Históricos, que funciona na Câmara da cidade.
Perda de identidade histórica, dificuldade de acesso – especialmente para os usuários da biblioteca em braile, destinada a deficientes visuais, e gastos com o aluguel são algumas das críticas à medida.
Segundo o secretário da Cultura, André Gomes, a mudança envolve projetos de investimentos e serviços que incluem cuidar melhor do acervo, ampliar oferta de serviços na biblioteca e ainda criar novos modelos de ação de serviços de cultura na cidade.
O atual espaço da Biblioteca será utilizado para instalar no prédio o Museu Histórico Pedagógico, a Galeria de Artes de Marília e a própria secretaria da Cultura, que hoje funciona em uma casa alugada.
“O museu pedagógico esta em um prédio alugado na Rio Branco em uma casa totalmente inadequada. Além de estrutura melhor, teremos no mesmo prédio três espaços de visitação. É uma forma de melhorar, incentivar a visita aos três espaços. Quando uma escola vai ao museu de paleontologia, já terá acesso fácil ao Museu Pedagógico, à Galeria”, explica.
O secretário afirmou ainda que a mudança envolve projeto de cultura para toda a praça, com novas ações públicas como saraus, feiras e eventos. “Será um espaço mais pulsante, que unifica uso institucional e não perde dimensão histórica. O prédio vai abrigar o museu com a memória da cidade, a galeria de artes.”
André Gomes disse que a mudança ainda envolve questões administrativas e técnicas. O prédio não tem estrutura para instalação de ar condicionado, precisa de reformas, o acervo e as instalações não recebem investimentos há anos.
O aluguel do novo espaço deve custar R$ 9.000. Hoje a Cultura gasta R$ 11 mil com As três casas alugadas para serviços. O novo prédio da biblioteca abrigou por muitos anos a livraria Milani.
“É um prédio com as instalações de ar condicionado, elevador, terá medidas de acessibilidade. Já entramos em contato com as empresas de transporte para instalar um ponto ao lado do prédio na rua São Carlos. Também estamos ampliando convênio com o curso de Biblioteconomia da Unesp “, disse.
O novo prédio abrigou por muitos anos uma livraria. Ocupa três andares e dispõe de acesso pelas duas ruas. Oferece um elevador com capacidade para até nove pessoas, toda a instalação de ar condicionado, prateleiras, espaço de administração e recepção do público.
Segundo o secretário, a previsão é que toda a mudança de serviços, incluindo museu, galeria de artes, secretaria e biblioteca, deve acontecer em até 20 dias.