Cidade reinaugura teatro após sete anos; conheça e veja quem foi

Sete anos e quase R$ 5 milhões depois de ser fechado para reforma, o Teatro Municipal Waldir Silveira de Mello foi oficialmente reinaugurado na noite desta quinta-feira com muitos lugares vagos na plateia, a presença do vice-governador do Estado, Márcio França.

Nos discursos, a promessa de que será um espaço para o povo, o que deve acontecer após uma programação especial de 30 dias quase sempre para convidados. Nesta sexta-feira apresenta o principal espetáculo desta agenda, com a presença da atriz global Regina Duarte e a peça Bem-Vindo Estranho, já com ingresos esgotados – apenas 162 dos 470 lugares foram colocados à disposição do público. Mas ainda há ingressos para um pacote de atrações especiais, com muitos artistas da cidade (CLIQUE AQUI para ver a programação)

A reforma, que consumiu R$ 3 milhões segundo dados oficiais só na última etapa, foi concluída após dois contratos iniciados e interrompidos na gestão do ex-prefeito Mário Bulgareli, com gastos de quase R$ 2 milhões desde o início de 2009.

Por conta deste abandono de obras inacabadas, a recuperação foi do carpete ao telhado, das poltronas à luz e som, dos banheiros à boca de cena, teve como atração cultural uma apresentação da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar, toques de polêmicas políticas e muitas figuras representativas da cidade.

Confortável, o teatro reformado faz justiça à tradição do prédio, que sempre foi muito elogiado por artistas que se apresentaram na cidade.

A sala de espera, que ganhou bomboniére e novo piso, tem também um lustre especial doado pelo Bradesco e pela loja Spetacollo, mas nenhuma citação ao dramaturgo e ator Ramis Pedro Boassali, que empresta seu nome ao espaço. Segundo a família do ator, há promessa de uma placa será instalada.

A reforma tem ainda um presente especial, quase 30 anos depois de ser produzido: uma obra de arte – um painel todo feito em ferro e placas de metal – com a partitura da ópera Tosca, do italiano Gíacomo Puccini, produzida pelo ferreiro Henrique Pires de Carvalho. A obra consumiu dois anos de trabalho e enfeita a parede da sala Ramis Boassali.