O projeto Cine Debate, desenvolvido pelo Núcleo de Psicanálise de Marília e Região, promove nova edição neste sábado, dia 3 de junho, para discutir obra do cineasta brasileiro Eduardo Coutinho .
O encontro, destinado a profissionais da área mas também aberto ao público em geral, envolve exibição do filme e um debate dos participantes sobre os temas revelados no filme. E a análise sobre o trabalho de Coutinho promete grandes reflexões.
“Assisti-lo é uma experiência única cuja força está em nos chacoalhar para longe da desumanização, da recalcitrante indiferença ou da opacidade afetiva que nos impossibilitaria perceber a luta, a paixão, e o drama contidos na vida de cada pessoa”, diz nota de divulgação do Núcleo de Psicanálise.
O cineasta e documentarista João Moreira Salles destaca que o cinema de Coutinho dedicou -se a reunir um conjunto de histórias fragilíssimas, oferecendo a cada uma delas aquilo que, em outros filmes e outras circunstâncias, elas não teriam: proteção
“Num pequeno livro de entrevistas intitulado “O único e o singular”, o pensador Paul Ricouer responde assim a uma pergunta sobre o sentido da responsabilidade: “Onde há poder, há fragilidade. E onde há fragilidade, há responsabilidade. Eu diria mesmo que o objeto da responsabilidade é o frágil, o perecível que nos solicita. Porque o frágil está, de algum modo, confiado à nossa guarda. Entregue ao nosso cuidado.” Esta é uma boa síntese da obra de Eduardo Coutinho”, define Moreira Sales
O Cine Debate é promovido na sede da APM (Associação Paulista de Médicos) em Marília, na rua Pedro de Toledo, 179. As sessões começam às 15h e a entrada é gratuita.