No final de minha rua
um sol de magno aspecto
(de um metro e meio, no mínimo,
de calculado diâmetro)
deitou-se no hoizonte
tingindo o céu de escarlate
pouco antes de enterrar-se
envolto no eu da noite.
Era um sol não inventado,
tão presente e verdadeiro
que nunca pude apagá-lo
da retina de meus olhos.
Era belo e fascinante
esse sol que se exibiu
na minha rua modesta
pouco antes de enterrar-se
numa tarde de verão.
Fevereiro de 2004