O Festival gastronômico 2015, que começa nesta sexta-feira em Marília, vai mostrar o trabalho e brilho de quatro mulheres em meio à maioria de homens como chefs de cozinha. Elas assinam os pratos e respondem pelo cardápio em casas badaladas e de tradição na cidade.
O festival reúne 19 restaurantes, 15 deles com homens no controle das cozinhas. Todos vão oferecer pratos exclusivos, criados especialmente para o evento. Os pratos são vendidos a preço fechado – R$ 38 – e a arrecadação destinará recursos para duas entidades: Amor de Mãe e Amei.
São pratos batizados com nomes que fazem homenagem ou lembrar pessoas, momentos, entidades, locais e fatos ligados à história e desenvolvimento da cidade. Mas com padrão, combinações, cores, sabores e ingredientes livres.
Paula Diniz, chef com formação pelo reconhecido curso de Águas de São Pedro, pilota a cozinha do Chaplin Gastronomia e Entretenimento desde 2007. Diz não sentir a função como um universo masculino e destaca grande número de mulheres com sucesso na área .
Está no festival pelo terceiro ano consecutivo. Criou o Filé Paulo Delbone, servido ao molho funghi, servido com arroz cremoso Chaplin com tomate seco, rúcula e provolone. O prato faz homenagem ao empresário que fundou o restaurante. Foi criado todo por ela e deve ser incorporado ao cardápio assim que o festival acabe.
“Acho que o festival todo vai ser um grande sucesso. O número de participantes aumentou, muita gente vem conhecer os pratos e ainda tem o perfil social, todo mundo quer ajudar as entidades”, destaca.
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Mariana Serafim é a chef do Doctor Beer, um gastrobar que une petiscos e pratos especiais a uma coleção única de rótulos de cervejas. Está no Festival com O Nhoque Tibiriçá, um nhoque de pamonha com ragu de frango caipira e bacon crocante que presta homenagem a um dos rios próximos.
Sílvia Ganem, a chef do Niha Comida Libanesa é outra mulher por trás dos pratos de sucesso. Vai para o evento com um cordeiro temperado com ervas e servido com arroz defumado e temperado com curry e açafrão da terra, salpicado com lascas de amêndoa passada na manteiga.
Sílvia faz homenagem ao ortopedista Hilário Maldonado e considera a maioria masculina uma coincidência. Diz ter criado o prato por influências e tradições da família. “A gente tem muitas receitas de família, todo mundo cozinha, são gerações e vai elaborando em cima disso”, conta. O prato deve entrar no cardápio após o evento.
E para fechar a lista das chefs, Gabriela Atta assina o filé José Brás, do Café do Lado, servido grelhado ao molho de redução de rôti com cachaça e acompanhado por risoto de abóbora cabotiá e mortadela crocante.
O festival segue até o dia 30 de agosto, o que garante prazo de sobra para experimentar todos os pratos e conhecer detalhes dos restaurantes, homenagens e ainda ajudar as entidades. O festival começa, saia de casa e vá prestigiar.
