Culinária

Giro no Chile - Vinícola Carmen mostra vinhos para conquistar brasileiros

Giro no Chile - Vinícola Carmen mostra vinhos para conquistar brasileiros

Vinhedos com quase 70 anos de idade, rótulos com produções limitadas, inovações desenvolvidas por equipes especiais, uvas raras. Estes são alguns detalhes da produção de vinhos chilenos da vinícola Carmen, a mais tradicional do Chile, que promete conquistar o Brasil e já chegou à região de Marília.

O Giro Marília foi conhecer parte desta história de sucesso em um vinhedo cercado pela Cordilheira dos Andes, em área que une duas das mais tradicionais marcas do país, no povoado de Alto Jahuel, Comuna de Buin, na região metropolitana de Santiago, capital do Chile.

Entramos na vinícola em uma charrete puxada por dois cavalos bem cuidados por Alfredo, o condutor, um chileno que viveu por quase sete anos no Brasil e fala de boca cheia sobre temperos e sabores. A apresentação dos vinhos uniu o engenheiro agrônomo Adolfo Brabo, que após quatro anos de formado tornou-se um dos especialistas da vinícola, o assistente de receptivo, Felipe Cancino.

Além de detalhes técnicos dos vinhos, eles falam sobre história, estrutura e acompanham em uma visita aos tonéis e alguns dos pontos turísticos. Sim. A vinícola é também um centro de atração de visitantes – dois ônibus deles chegaram enquanto o Giro conhecia o local. 



Vinícola a poucos minutos de Santiago guarda tradições de vinhos chilenos e tecnoloia para novas histórias – Alê Custódio

A Viña Carmen, como é chamada no país, é a mais antiga do Chile, foi fundada em 1850 por um fazendeiro que homenageou a esposa com o nome dos vinhos. Muitos anos depois uniu-se à Viña Santa Rita, fundada em 1880. E juntas elas criaram histórias, tradições e sabores surpreendentes.

São casos como o Carmen Gold, um vinho tão raro que só é produzido em safras especiais e chega ao limite de dez mil litros por produção. Um cabernet sauvignon de uvas de parreiras com mais de 65 anos.

O vinho pode custar até R$ 450 reais. Mas a Carmen tem linhas e sabores para todos os gostos. Um engenheiro agrônomo especializado como enólogo, Adolfo Bravo, 29, e um especialista em receptivo de visitantes, Felipe, acompanharam o Giro nesta experiência única.

A produção usa uvas de diferentes pontos do Chile em vales por todas as regiões do país e muita variedade, das frutas mais frescas e marcantes influenciadas pelo clima do mar a vinhos sem irrigação, já na base da cordilheira.

O resultado são alguns sabores imperdíveis, como vinhos brancos de Casablanca, ou a linha Carmenere, um tipo de fruta natural da França, mas extinto no mundo.

Restou apenas no Chile, onde as plantações foram protegidas pelas montanhas cobertas de neve de um lado e pelo mar do outro. Hoje também estão protegidas por rigorosas medidas de controle sanitário.

O que elas representam você descobre em rótulos como um Carmenere puro, ou no Winemakers Black, um blend de três tipos de uva, verdadeira explosão de sabores.

Trabalho manual de colheita e cuidado com as vinhas e linhas orgânicas de produção ao lado dos morros e montanhas transformam as vinhas em um lindo cenário.

Nos prédios, laboratórios, áreas de testes e um impactante espaço de armazenamento em que tonéis de carvalho com capacidade para 400 mil litros de vinho são protegidos próximos a enormes tanques de aço com 9 milhões de litros e alguns surpreendentes tanques de concreto, usados para manter temperatura constante e movimento da bebida durante fermentação.

TURISMO

Quem entra na vinícola como visitante não conhece todos os prédios de reserva e os detalhes de produção, mas mas tem acesso a uma grande estrutura de atendimento turístico que inclui caminhada por vinhedos, uma loja com todos os rótulos, muitos tipos d epresnetes e souvenirs além de todos os apetrechos de suporte para os bons apreciadores de vinho.

Oferece ainda um dos restaurantes mais badalados do Chile, o Doña Paula, com frutos do mar e carnes em altíssima gastronomia, acompanhadas por rótulos da casa sob orientação de uma equipe que mostra alegria e dedicação no atendimento. Como entrada, peça o mix de frutos do mar Doña Paula, um prato que une camarões, salmão defumado, tartare e vieiras.

O passeio permite ainda uma visita ao Museu Andino, formado com peças de coleção particular, imagens da vinícola, história dos vinhos e muito da cultura mapuche – os índices do Chile – e dos rappa nui, que habitam a Ilha de Páscoa. E para terminar Oferece ainda uma exposição – com direito a vídeo e esculturas em tamanho real – sobre a história da mais famosa linha de vinhos da vinícola Santa Rita, o 120.

O nome é uma homenagem a soldados chilenos, comandados por Bernardo O’Higgins, que durante a batalha pela independência do país chegaram à vinícola perseguidos por tropas espanholas. Foram escondidos e protegidos na adega.

Turistas que forem a Santiago podem agendas visitas orientadas em contato direto com a vinícola – CLIQUE AQUI para saber mais – ou em agências de turismo. Clique Aqui e acesse o site oficial para saber mais sobre a vinícola Carmen.