A escolha de um plano de seguro pessoal ou para patrimônio começa sempre com o custo mensal, mas fique atento: com a apólice vêm uma série de benefícios – ou não – do contrato e escolher só pelo preço mais baixo é um erro. Muitas vezes dá para aliar bons custos e coberturas adequadas.
“Esse é um mercado complexo e o cliente que vai contratar um seguro deve estar atento para aquilo que ele quer e o que precisa, assim como o corretor de seguros também precisa avaliar o quanto isso vai influenciar na vida dessa pessoa”, diz o especialista João Carlos Affonso Ferreira, diretor na Regional Seguros e um dos mais experientes profissionais na área.
Ferreira cita como exemplo um representante comercial. Profissional que depende diretamente do automóvel para trabalhar. No caso de um acidente que o force a ficar sem o carro, ele necessita de um segundo carro, e isso o seguro pode – e deve – cobrir, mas depende de fazer escolhas certas na contratação. Os seguros hoje envolvem bens protegidos, prestação de seriços, suporte aos usuários, avaliação sobre o uso dos bens – especialmente carros – envolvimento de terceiros nos sinistros e contratos com detalhes de responsabilidades e informações.
“E preço não serve como referencial único. É preciso saber o que a pessoa precisa, quais suas necessidades de cobertura para se adequar o seguro ao cliente. O trabalho de um corretor de seguros é assim, não meramente o de vender seguros, como se fosse um produto qualquer, mas de consultoria e orientação antes da venda, no pós-venda e no atendimento caso seja necessário acionar a proteção contratada”, garante ele.
Alguns passos para isso são importantes: assumir uma relação de confiança com o corretor, ser claro e consciente nas informações prestadas, fazer perguntas sem receio. “O corretor de seguro só está bem quando o cliente dele também está bem. E tem uma coisa: ninguém engana seguradora. Em casos de valores mais baixos, pode até sair mais barato pagar ao cliente do que abrir uma sindicância, mas empresas estão sempre atentas às informações do cliente e às condições de um eventual sinistro.”
Ele lembra ainda que muitos consumidores começam a busca pela Internet, mas isso deve servir apenas como um referencial para busca de preços, o ideal ainda é ter contato com corretor de confiança. E cita problemas em outros países, como a Alemanha, que vivem problemas graves devido à avalanche de ofertas pela Internet, um perfil de leilão para venda de contratos de seguros e de crise na hora em que clientes buscam os serviços.
Por motivos semelhantes, nem sempre é uma boa opção contratar direto com os bancos. “O banco não mantém uma equipe de corretores de seguros à disposição do cliente. Ele tem a filosofia de captar recursos e é com isso que os bancos estão preocupados. Um corretor de seguro vai acompanhar seu cliente a qualquer hora, todos os dias, seja de madrugada ou final de semana. O banco te dá a opção de ligar para um 0800”, observou.