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Quase um ano depois de viralizar, Boneca Momo volta e vira caso judicial

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Quase um ano depois de viralizar, Boneca Momo volta e vira caso judicial

Ela voltou e agora virou até medida judicial. A Boneca Momo, uma imagem que viralizou nas redes sociais a partir de junho do ano passado, é alvo de uma notificação do Ministério Público da Bahia para que Google e Whatsapp tomem medidas para inibir exposição da imagem.

A boneca, que aproveita imagem de uma lenda japonesa, foi apontada no ano passado como causa de suicídios entre crianças e adolescentes. Começou a aparecer como postagens em contas de redes sociais e teria ganhado ‘incursões’ em vídeos distribuídos pelo Youtube.

Em agosto de 2018 a boneca chegou a ser apontado como possível responsável pela morte de um menino de 9 anos no Recife, situação que não foi comprovada.

Mas o verdadeiro golpe com a boneca estaria no uso da imagem para roubo de dados pessoais e a partir deles outros crimes virtuais. A notificação na Bahia foi provocada pelo Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos.

Além da medida judicial, o Ministério Público aproveita a repercussão para um alerta sobre descaso dos pais com uso da internet.

Segundo o promotor Moacir Nascimento, o problema é o grande número de crianças com acesso às redes sociais e internet sem supervisão ou controle de conteúdo. “A boneca não causa sucídio. O que causa suicídios é o distanciamento de pais e responsáveis”, disse o promotor.

Momo usa a imagem de uma mulher com olhos esbugalhados e rosto alongado. No Japão, a imagem surgiu para acompanhar a lenda da Mulher Pássaro, que adotaria forma de pássaro para continuar acompanhando os filhos mesmo após sua morte.