Porta aberta

Venha
Se ‘achegue’
Se for sentar
Que seja de um jeito aninhado
Bagunçado
Da forma em que tudo é por aqui
Eu deixo a porta aberta
Pode entrar no labirinto de poesia
Construído pelos tantos versos dessa vida
Se perca
Não somente uma
Mas várias e várias vezes
Para sentir o doce sabor dos reencontros
As borboletas na barriga dos recomeços
Caminhe pela corda bamba da indecisão
Das rimas inacabadas
Dos sentimentos que se inundaram
Em minhas lágrimas
Desculpe, pois, foi inevitável chorar
Vazei por uma semana inteira
E acredite?! Não fiquei seca
Inundei ainda mais
Com meus sentimentos
Minhas verdades
Minhas sinceridades.

Ana Laura Bonini