Era uma vez o amor. E era uma vez a superação, a dedicação e o comprometimento. Todos eles se uniram para levar 13 atores amadores com síndrome de down ao palco do maior e mais belo teatro da cidade. E quase 400 pessoas riram, se emocionaram e aprenderam com o espetáculo.
Por quase duas horas, o grupo de teatro da Associação Down Entre Amigos apresentou releituras de contos de fada clássicos, todos com finais felizes cheios de amor.
Durante esse tempo, passaram pelo palco do Teatro Municipal princesas, príncipes, caçadores, lobos, bruxas más em momentos emocionantes de pura espontaneidade e dedicação, com resultados que muitas vezes não deixam nada a dever a atores profissionais. As imagens (veja abaixo) estão aí para não deixar nenhum fã mentir.
Na condução da peça, o ator e diretor Calu Monteiro, que há dois anos trabalha com formação teatral para o grupo, narra a história, ajuda a superar momentos difíceis, ri e se emociona com improvisações e de desempenho reconhecido pelo público. E a peça arrancou muitos aplausos, risos e assobios.
Muitos dos atores superaram desafios de expressão corporal, comunicação em público e socialização para estar no palco. Outros revelaram intimidade com o público e o espaço, ocuparam o espaço todo com desenvoltura. E ao final todos emocionaram e saíram emocionados.
Todos os figurinos foram produzidos pelo diretor com apoio da mãe, que não pode estar no teatro. Onde faltou estrutura de cenário, sobrou criatividade e naturalidade na expressão. E assim duas malas, duas cadeiras e dois criados-mudos viraram castelos, montanhas, lindos jardins.
Calu cumprimentou e agradeceu aos atores pelo envolvimento e dedicação e aos pais pela confiança. Lembrou parceiros que viabilizam o projeto, como a escola Realize, que cede espaço de ensaio, os amigos que auxiliaram na produção, a Unimar que possibilitou a filmagem e registro e a Secretaria da Cultura, pela cessão do teatro.
Era uma vez o amor. Era uma vez um teatro e era uma vez um lindo espetáculo. Quem perdeu vai ter que ouvir as histórias boca a boca, como nos tempos dos contos de fada, ou esperar 2018. Veja galeria de fotos