Educação

Alunos criam empresas, ganham nota e podem vender ideias em Marília

Alunos criam empresas, ganham nota e podem vender ideias em Marília

Apresentar ideias inovadoras com plano de negócios completo, ganhar notas por isso e uma chance de vender a proposta. É assim que o ano termina para grupo de estudantes de administração de empresas em Marília que participam desde esta terça-feira do Balcão de Projetos do Univem.

A terceira edição do projeto vai apresentar 14 propostas desenvolvidas por grupos de alunos em ideias que incluem aplicativos, ONG, centros de lazer, bares e fábricas.

Sete grupos apresentaram suas ideias na terça e sete participam do evento na noite desta quarta. Mas o evento não acaba agora. Todas as ideias serão levadas a uma rodada de negócios que leva empresários para a universidade. Neste ano dois investidores de São Paulo devem participar. E se a ideia for boa vale dinheiro. A edicçaão do balcão de projetos abrange ainda duas exposições de cursos do Instituto de Tecnologia, em gestão e design.

O coordenador do curso de administração, Luis Fernando Manfrim, considerou o resultado excelente, com ideias inovadoras e muito envolvimento dos alunos. “Aqui eles colocam na prática todo o conhecimento desenvolvido na faculdade. Mostram ao mercado que estão preparados. É a ciência indo pro mercado.”

O professor Luiz Eduardo Zamai, supervisor do balcão, afirmou que a realização do evento deixa uma sensação de dever cumprido após quase dois anos de trabalho. As pesquisas começam no terceiro ano de faculdade.  Além disso, o estudo é uma iniciativa.

“A gente cumpre nossa missão que é colocar estes alunos de forma competitiva no mercado. A gente não tem verba ilimitada e tem que promover as inovações.”

A professora Roberta Brondani destaca que antes de chegarem à exposição os alunos fazem pesquisas e avaliam também áreas com as quais têm afinidade, o que amplia possibilidade de o projeto irar empresa real.

“Se fazem na área que gostam a chance de acontecer é maior. Temos empresas de projetos que saíram deste estudo. Vários projetos, na área de  terceiro setor, aplicativos que é uma tendência grande, clínica, fabricas, muitas ideias.”


Professores Zamai, Roberta e Manfrim na abertura do evento no Univem: maturidade e sensação de dever cumprido – Rogério Martinez/Giro Marília

PLANEJAMENTO

As ideias vão de projetos de aplicativos, a sugestão de etiquetas em braile  ou criação de parque de atividades radicais com previsão de R$ 13 milhões em investimento.

“Nossa ideia nasceu da informação de uma pessoa com deficiência visual que tem dificuldades em comprar e fazer combinações e escolhas deforma independente. Então a etiqueta tem informação sobre cores, tamanho, modelo da peça”, explica Amanda, uma das responsáveis ao lado de Amanda Candido, Gisleine e Natália.

Outro projeto que chamou a atenção na primeira noite foi desenvolvimento de um pub estilo irlandês, focado em servir cervejas, porções e pratos com opção de música e ambientação tradicional irlandesa para reunir público dos 18 aos 45 anos.

“É um projeto para ir além da faculdade, tem um investimento que nem é tão alto com previsão de retorno em termos de um ano e seis meses”, disse João Vitor, que desenvolveu projeto com os alunos  Lia, Victor, Isabela, Semiramis e Everton.

O Adrena Park foi o projeto mais ousado da primeira noite. Cria no mesmo espaço série de atividades que vão de minigolfe a paintball, incluindo kart, escalada, camas elásticas, entre outros. O projeto inclui até compra de área e uma planta de toda a estrutura e busca parceiros: está orçado em R$ 13 milhões

“O projeto é bem ambicioso, todo planilhado por metragem de construção civil, já estamos à procura de um parceiro investidor para financiar este projeto”, explica o aluno Marcos Vinícius, que montou a proposta com Bruno, Victor, Renan, Magno e Rafael.