O governo do Estado faz até amanhã (dia 15) o depósito em conta do bônus da educação aos professores e servidores da rede estadual incluídos no benefício. O bônus vai provocar pagamento médio de R$ 2.008 e representa R$ 450 milhões para 223,8 mil servidores.
O pagamento, que não atinge todos os servidores da área, substitui reajuste para a categoria, que não terá qualquer correção nos valores dos salários. O governo chegou a acenar com proposta de substituir o bônus por um reajuste de 2,5%, rejeitado pela Apeoesp, o sindicato dos professores.
Os R$ 450 milhões serão divididos a servidores que atuam em escolas estaduais que atingiram níveis esperados no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp).
O bônus é pago aos funcionários das escolas que avançaram, atingiram ou superaram suas metas estabelecidas pelo Idesp para o ano. Outros critérios também são considerados para o pagamento, como assiduidade.
A resposta da Apeoesp veio em uma convocação de assembleia que no dia 29 de abril vai discutir em São Paulo proposta de greve da categoria.
“A assembleia foi marcada para o dia 29 para que possamos unificar os professores que receberão o bônus no dia 15 e aqueles que nada receberão. Não há nenhuma razão para esta divisão que o governo estadual criou entre nós”, diz nota divulgada pelo sindicato.
Segundo o sindicato, desde julho de 2014 (data do último reajuste) salários dos professores acumulam perdas de 16,6%. “Reajuste zero, não dá! Nossa categoria não aceita mais um ano sem reajuste salarial. Emergencialmente, queremos a reposição dessas perdas e a instalação de uma mesa permanente de negociação que discuta a valorização dos professores.”
O sindicato também incluiu na campanha salarial a a reabertura das classes fechadas com no máximo 25 estudantes por classe, reabertura do noturno, melhores condições de trabalho, infraestrutura, equipamentos e materiais nas escolas, entre outras reivindicações.