Educação

Daniel pede prédio de escola estadual em Nóbrega, famílias marcam protesto

Daniel pede prédio de escola estadual em Nóbrega, famílias marcam protesto

A pressão pela municipalização da escola estadual Maria Izabel Sampaio Vidal, em Padre Nóbrega, ganhou novos capítulos com confusão, vai-e-vem de informações, transferências de alunos em sigilo e uma informação oficial de que o prefeito Daniel Alonso pediu a devolução do prédio, que pertence à prefeitura.

Um encontro marcado para a tarde de quinta-feira deve discutir a situação. Pais começaram a organizar uma manifestação em frente à escola, antes da reunião. “Seria melhor que fosse em frente à prefeitura, foram eles que solicitaram o prédio”, aponta uma mensagem encaminhada aos pais dos estudantes.



Uma mensagem da diretora da escola, Luciana Piovezan, em redes sociais convocou uma reunião para a próxima quinta-feira quando deve ser apresentado um ofício do prefeito com pedido para devolução do prédio cedido para a escola. A unidade seria extinta.



Pais e alunos vivem desde maio uma onda de informações sobre a municipalização, que a prefeitura e a direção de ensino esconderam por meses até uma reunião em meio às feiras de julho revelar o processo, que prevê transferência de centenas de estudantes para unidades com até dez quilômetros de distância. (veja mais aqui)

Alunos da zona rural, estudantes com necessidades especiais e crianças que estudam perto de casa com os pais longe a trabalho, seriam alguns dos prejudicados pela medida.

A estadualização enfrentou reações públicas, protestos e até uma manifestação oficial da secretaria estadual de Educação contra a medida.

Em silêncio, como foi todo o processo, alunos passaram a ser transferidos. Pais descobriram pela internet que os filhos estavam em outas escolas, como a Oracina Correa de Moraes Rodine, que fica no Jardim América, na zona oeste da cidade.

A descoberta da transferência sem autorização ou notificação dos pais provocou reclamações. Em pleno final de semana o sistema oficial foi alterado para resgatar os registros na escola Maria Izabel.

Uma das provas da mudança mostra que uma das salas tinha registro de apenas um aluno enquanto o ‘vai-vem’ sigiloso ocorria. A municipalização excluiria do bairro todas as salas do segundo ciclo do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano. São perto de 210 estudantes.

Mas a devolução do prédio e eventual extinção da escola pode atingir mais turmas. A unidade envolve no total perto de 600 estudantes. O Giro Marília pediu informações à Secretaria Municipal de Educação e aguarda manifestação oficial.