A realidade do cenário educacional brasileiro cada vez mais desafia os educadores, sejam eles os professores ou gestores a compreenderem uma série de mudanças acadêmicas, pedagógicas, administrativas e mercadológicas. Observa-se uma competitividade acirrada decorrente da concorrência ‘corpo a corpo’, da educação a distância que a cada ano torna-se mais compreendida pelo mercado, dos processos de fusões e aquisições realizadas pelos grandes investidores. Tudo isso tem alterado amplamente o contexto educacional.
Destaca-se que a educação básica e o ensino superior estão experimentando mudanças consideráveis. As modernas tecnologias, ou a falta delas, os novos públicos e demandas e àqueles que teimam em buscar o modelo do século passado, traz a tona a necessidade de reflexão e análise, avaliação e implementação de mudanças no modelo vigente, em seus objetivos, seus formatos e metodologias e, também, sobre a gestão administrativa e pedagógica.
Assim, romper com os antigos paradigmas e buscar novos meios de comunicação e relacionamento com os alunos, famílias, mercado de trabalho e a sociedade como um todo tornou-se uma exigência. Negligenciar essa realidade significa correr riscos expressivos, estagnar-se, cultuar o ostracismo e inviabilizar o desenvolvimento de uma proposta educacional que vá ao encontro às necessidades da atualidade.
O tão idolatrado ‘conteúdo’ não está presente apenas na escola e não pertence apenas aos professores. A aquisição de conhecimentos ocorre a qualquer tempo e lugar, de diversas maneiras e cabe à escola ser a orientadora e estimuladora desse processo. Não se pode atender a geração do século XXI com um ‘modelo mental, administrativo e pedagógico’ do início século passado. A sala de aula é ponto de partida e o professor deve cumprir seu papel de facilitador no processo de aprendizagem, inovando suas metodologias.
Toda organização educacional deve conscientizar seus colaboradores de que como prestadora de serviços, devem cuidar da criação, preservação, integração, transmissão e aplicação do conhecimento, considerando alterações fundamentais, formas e novas aplicabilidades. Algumas tendências necessitam ser consolidadas:
1 – Atender à geração digital, suas demandas específicas, promovendo o ensino mais interativo e as novas experiências de aprendizagens.
2 – Traduzir a convergência digital das várias mídias, na preservação, divulgação e acessibilidade do conhecimento junto aos estudantes.
3 – Avançar do modelo atual que é centrado no professor, para um modelo mais próximo do estudante.
4 – Adotar novas técnicas e tecnologias da informação e da comunicação, seja na prática pedagógica, seja no atendimento ao aluno.
5 – Manter a interação com a comunidade, aplicando o conhecimento refletido em sala de aula, às pessoas e organizações.
6 – Tornar a aprendizagem mais coletiva e abrangente, sem perder de vista as necessidades especificas de cada aluno.
O atendimento eficaz aos segmentos-alvo das organizações educacionais passa por questões estratégicas de posicionamento, relacionamento, foco e tomada de decisão, como também por pequenos detalhes que são tidos como elementos preponderantes na determinação da escolha de uma determinada Instituição. Os problemas relativos à evasão, ociosidade, poder aquisitivo, inadimplência e outras variáveis comuns ao segmento educacional devem ser geridos com muito zelo e atenção.
Ressalta-se a necessidade das organizações educacionais de promoverem a integração e a articulação entre os diversos programas, sistemas e processos, mediante políticas institucionais, diretrizes e normas relativas à gestão dos recursos de tecnologia da informação e da comunicação, e, principalmente, dos talentos humanos.
Em síntese, são necessárias ajustes de condutas, aperfeiçoamento de mecanismos, formação, desenvolvimento e treinamento dos colaboradores que atuam nas áreas administrativas, acadêmica e pedagógica para que considerem a aprendizagem mediada por tecnologia como fator de inovação institucional e como meio para flexibilizar currículos, customizar e modernizar percursos de formação e ampliar a aplicabilidade do conhecimento produzido.