Educação

Educador premiado discute melhoria da rede pública em Marília

Educador premiado discute melhoria da rede pública em Marília

O educador Paulo César Magri, responsável por um dos programas de educação mais reconhecidos no país, participa durante todo o dia de encontros, debates e visitas técnicas em mais uma etapa de aperfeiçoamento da rede municipal em Marília.

Os encontros reúnem subsídios para mudanças administrativas, políticas e pedagógicas que melhorem a gestão, a qualidade de ensino e o relacionamento com alunos, suas famílias e comunidades.

As idéias e sugestões do educador, adequadas à realidade e aos estudos já feitos em Marília, podem estimular mudanças de atividades, modelo de avaliação do trabalho, atendimento aos alunos recepção dos pais nas escolas e até estruturas de administração.

O secretário da Educação em Marília, Beto Cavallari, disse que a cidade já tem uma realidade de educação muito boa, mas que deve ser melhorada.

“A realidade é boa. Há problemas, em todo lugar há, a realidade que temos nos permite sonhar em melhorar. Vale para a rede como um todo, para o próprio poder público, buscar educação de primeiro mundo.”

Magri coordena há 17 anos gestão de um modelo de ensino que transformou a pequena cidade de Novo Horizonte em modelo nacional, que segundo ma revista Exame deveria ser potencializado pelo MEC.

O projeto envolve posturas de educação como esvaziar influência política – de gabinete, vereadores ou partidos – e investir na formação de uma rede em que as medidas, profissionais e estruturas são as mesmas para todas as escolas, todas as equipes.

Localizada a 140km de Marília, Novo Horizonte acumula elogios e boa divulgação. Em 2013 o trabalho recebeu Nota 10 da revista Veja, Em 2015 foi a vez o G1, portal da rede Globo divulgou a cidade como modelo e no ano passado, com nota 7,4 no Ideb, a escola ganhou as páginas da revista Exame.

Para Paulo Magri, apesar de ser uma rede maior e com envolvimento mais complexo de profissionais e comunidades, Marília tem também mais recursos. Para ele uma das medidas seria criar pólos de gestão que formem a rede de administração e sejam integrados pela secretaria.

“Na educação o verbo querer e o verbo acreditar têm que ser conjugados”, disse o educador, que já “exporta” o modelo para cidades muito maiores que Novo Horizonte, centros industriais e em grandes redes de ensino.

Magri disse que educação deve ser comunhão entre família dos alunos, escolas e comunidades, defendeu a rede pública e disse que com medidas de qualidade a educação municipal tem toda estrutura para ser melhor que a rede particular.

“O professor da rede particular está na rede pública. Você tem escolas modelo em que o professor faz sua aula, seu planejamento, sua participação e depois vai dar aula na rede particular.”

Segundo Beto Cavallari, a rede em Marília enfrenta desafios principalmente em planejamento da parte administrativa e orçamentária. “A parte pedagógica é a mais avançada”, diz o secretário.

“Objetivo nosso é pavimentar caminho par que a gente busque uma rede mais saudável, uma rede que busque qualidade de ensino, na qualificação do professor, avaliação dos alunos, do apoio que a gente pode dar a diretores e professores e uma rede mais unidade. Estabelecer critérios. O que vale para um professor, tem que valer para todos na mesma situação.

O secretário lembrou que há diferenças importantes na realidade que Novo Horizonte vive e a condição da rede em Marília – “para começar ele está há 16 anos na secretaria então já vem colhendo o que plantou” –  e defendeu que a cidade tenha um pacto pela educação.