O início dos anos 2000 trouxe inúmeros avanços tecnológicos à sociedade, dentre eles, destaca-se a evolução da Internet, espaço virtual que seria, futuramente, utilizado por bilhões de indivíduos e milhares de empresas, afetando completamente a relação entre as pessoas.
Empresários e consumidores viram nas novas tecnologias formas inovadoras de divulgar, propagar e compartilhar produtos e ideias. Por meio do comercio eletrônico e dos sites de internet, as empresas desenvolveram mecanismos de estratégia de marketing e sistemas para expansão de vendas, bem como o desenvolvimento da atividade empresarial.
A evolução e democratização da Internet permitiu que as pessoas tivessem acesso vinte e quatro horas por dia à ambientes e espaços virtuais, o que possibilitou a expansão das empresas para além do horário do comercio, com maiores descontos nos produtos disponíveis em razão da diminuição dos custos decorrentes da manutenção de uma loja física e de vendedores locais.
Este momento histórico tem sido chamado por especialistas de a quarta revolução industrial, também conhecida como a revolução das inteligências artificiais, tratam-se dos avanços tecnológicos, nos quais são pautados no uso da inteligência artificial, principalmente aplicados a indústrias.
A expressão criada por Klaus Schwab, teórico alemão, é uma mudança de paradigma que está transformando a forma como consumimos e nos relacionamos uns com os outros. A Revolução digital veio para ficar.
Também chamada de 4.0, a revolução aconteceu após três processos históricos transformadores, saímos da dependência dos produtos artesanais e das trocas, para a revolução industrial da máquina a vapor e por fim, seguimos para a automatização. Essa nova revolução também compreende a utilização da inteligência artificial nas diversas profissões, sejam médicos, dentistas, advogados, entre outros.
Neste novo ambiente, até então não explorado, dados, algoritmos, ciência e tecnologia são oportunidades incalculáveis de se apresentar melhorias a vida pública e privada. A Revolução Digital não impactará somente no que fazemos, mas principalmente em quem somos. A tecnologia tem influenciado nossa identidade, nosso senso de privacidade, noções de propriedade, padrões de consumo, aspectos do trabalho e de lazer.
A Tecnologia influenciará na forma como consolidamos nossos relacionamentos interpessoais, nossa saúde, e talvez até a forma como pensamos. Imagine locomover-se com um veículo utilizado totalmente autônomo ao clicar num comando em um tablet?
Essa tecnologia já está quase disponível, e junto com ela, inúmeras outras estão prestes a fazer parte do nosso dia a dia. Imagine consultar um robô-advogado? Ou então imprimir qualquer coisa que você precise por meio de uma impressora 3D? Sabe a assistente virtual do seu celular, imagine que ela pudesse se materializar e bater um papo conosco, organizar toda a sua agenda a partir de suas preferencias na internet?
Parece história de ficção científica, mas é a mais pura realidade se amoldando no tempo e na sociedade. Estamos em uma época de transição e fazemos parte da geração que a iniciou, podemos nos agarrar nas oportunidades e nos reinventarmos como profissionais em nossas áreas, inovando e conquistando o espaço ou nos sentarmos à janela e esperar que o mundo continue a se transformar sem nós.
Independentemente de qual for a sua escolha, a tecnologia fará cada vez mais parte da nossa vida, cabendo a nós, acima dela, valorizarmos aquilo que de mais importante que há no mundo, nossa humanidade.
Gustavo Pirenetti dos Santos
Advogado e Mestrando pelo UNIVEM
Bolsista CAPES/PROSUP
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