Educação

Novo Enem vai mudar participação de treineiros

Novo Enem vai mudar participação de treineiros

O novo modelo do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deve excluir os treineiros – alunos que não concluíram ensino médio e fazem a prova como teste – do processo e terão, em troca, um simulado nacional, aplicado em julho. Outra mudança> o exame não poderá ser usado para certificado de conclusão do ensino médico.

As mudanças foram adiantadas pela presidente do Instituição Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, na reunião do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

O anúncio oficial do novo Enem será feito após a segunda aplicação do exame, que será nos dias 3 e 4 de dezembro. Algumas das mudanças podem começar a valer em 2017.

Atualmente, o Enem pode ser usado para que os estudantes obtenham certificado de conclusão do ensino médio. Para isso, é preciso alcançar pelo menos 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento das provas e nota acima de 500 pontos na redação. Cerca de 11% dos inscritos conseguem esse resultado anualmente e obtêm a certificação.

“O exame não foi preparado para fazer esse tipo de avaliação”, disse a presidente do Inep. No ano passado, segundo ela, dos 990 mil candidatos que fizeram o Enem com essa finalidade, 74 mil obtiveram a certificação.

Treineiros

Atualmente, os treineiros fazem o exame na mesma data, mas não podem usar o resultado para ingressar no ensino superior. Maria Inês enfatiza que os direitos adquiridos pelos estudantes, de usar a nota para participar de seleção para o ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e para concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) serão mantidos no novo modelo.

“Todas essas demandas e rumos que a reforma do ensino médio mostram para nós têm sido a preocupação do Inep na modernização do Enem, que em momento algum fará agressão ao currículo e não agredirá os direitos adquiridos na concorrência de vagas do Sisu e das bolsas do ProUni”, disse a presidente do Inep.