O governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) chegaram hoje (24) a um acordo de paz definitivo que põe fim a um conflito armado de mais de 50 anos e que agora deve ser referendado pelos cidadãos do país em um plebiscito no dia 2 de outubro e por uma conferência interna da organização guerrilheira.
O anúncio foi feito em Havana pelo mediador do governo de Cuba nas negociações, Rodolfo Benítez.
As partes acertaram que, “uma vez realizado o plebiscito, convocarão todos os partidos, movimentos políticos e sociais e todas as forças vivas do país a construir um grande acordo político nacional para definir as reformas e ajustes institucionais necessários para atender aos desafios que a paz demanda”.
A convocatória tem o objetivo de levar adiante “um novo marco de convivência política e social” na Colômbia, de acordo com a introdução do documento assinado nesta quarta-feira em Havana.
“Hoje começa o fim do sofrimento na Colômbia; as Farcs deixam de existir e se convertem em um movimento político”, disse o presidente colombiano Juan Manuel Santos em mensagem em Bogotá após o anúncio do acordo fechado em Cuba. O governo da ilha intermediou, junto com outros países, a negociação entre as Farcs e a Colômbia.