Política internacional

Embaixada do Brasil sofre ataque em onda de conflitos no Congo

Embaixada do Brasil sofre ataque em onda de conflitos no Congo
Missão da ONU na região: Embaixada do Brasil sofre ataque em onda de conflitos

A Embaixada do Brasil sofre ataque em situação que atingiu diversas representações diplomáticas estrangeiras em nova onda de conflitos na capital da República Democrática do Congo (RDC), Kinshasa.

Em nota na noite da terça-feira (28), o Itamaraty manifestou “grave preocupação” com os ataques e informou que os funcionários da embaixada brasileira estão bem.

A diplomacia brasileira cita o “princípio básico da inviolabilidade das missões diplomáticas e a obrigação ativa de o país anfitrião garantir proteção ao pessoal da missão e a suas instalações”.

Na sequência, reitera confiança de que o governo congolês se empenhará para controlar a situação.

Segundo o Itamaraty, a bandeira brasileira foi retirada e levada pela multidão, durante o ataque à representação diplomática.

Embaixada do Brasil sofre ataque em onda de conflitos no Congo
Itamaraty divulga notas e fala sobre segurança; Embaixada do Brasil sofre ataque em onda de conflitos

o governo brasileiro já havia manifestado preocupação com o recrudescimento da violência no leste da RDC, principalmente na cidade de Goma. Também citou ataques a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, que teriam resultado na morte de 13 de seus integrantes.

A nota lembra que o Brasil é contribuinte tradicional da missão que, atualmente, conta com a participação de 22 militares.

Entenda conflitos no Congo

De acordo com a imprensa internacional, integrantes do grupo M23 tomaram controle do aeroporto da maior cidade do país, Goma, após a captura da cidade “em uma ofensiva que deixou corpos espalhados pelas ruas”.

Goma fica no extremo leste do país, na divisa com Ruanda, e a mais de 2 mil quilômetros de distância da capital Kinshsa, localizada no extremo oeste do país.

A situação atual é apontada como a maior escalada desde 2012, neste conflito que já dura três décadas, em meio a disputas pelo controle dos recursos minerais do país. Além de ser rica em ouro, a região possui minerais essenciais para a produção de celulares e baterias para veículos elétricos.

Em setembro de 2024, uma missão das Nações Unidas (ONU) naquele país informou que o comércio de minerais na área de Rubaya representa mais de 15% do fornecimento global de tântalo, considerado um mineral crítico pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

*com informações da Agência Basil