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EUA busca submarino argentino; "disseram que estão mortos" diz pai de tripulante

EUA busca submarino argentino; "disseram que estão mortos" diz pai de tripulante

Um submarino de resgate dos Estados Unidos está a caminho da área de buscas do submarino argentino ARA San Juan com o objetivo de recuperar a embarcação ou o que tenha sobrado dela.

A ajuda que parece chegar tarde foi anunciada menos de 24h depois de o governo argentino comunicar que foi identificada uma explosão na região onde a embarcação perdeu contato.

O anúncio da explosão, nesta quinta, provocou revolta de familiares. E já há relatos de morte dos 44 tripulantes que estavam a bordo. O submarino está desaparecido há nove dias.

Luis Tagliapietra, pai de um dos tripulantes do submarino argentino ARA San Juan, que está desaparecido há nove dias no oceano Atlântico, disse a jornalistas daquele país que o chefe de seu filho o procurou pessoalmente “para me dar condolências”.

O encontro aconteceu depois da divulgação de dados de uma possível explosão na área onde o contato foi perdido na quarta-feira, dia 15.

“Nós estamos destruídos, quando me chamam da Base Naval de Mar del Plata para me dizer que os dados do ruído foram corroborados, que era o submarino e que, além disso, todos estavam mortos, era terrível”, disse ele.

“Minhas mais profundas condolências, seu filho era um grande marinheiro. Sinto muito por essa situação”, teria dito o oficial. “Perguntei-lhe: “Eles estão todos mortos? “sim …”, ele respondeu”, contou Tagliapietra

O barulho do que parece ter sido uma explosão na embarcação foram captados por hidrofones, microfones que ficam no fundo do mar para acompanhar a movimentação de cardumes e a passagem de embarcações, e que transmitem o som via satélite. Equipes de monitoramento na Áustria e nos Estados Unidos deram o alerta.

“Eles me asseguraram, em mil maneiras, que o submarino estava em perfeito estado de manutenção e conservação”, disse o pai do tripulante.

O jornal Clarin, um dos mais tradicionais da argentina, divulgou página com imagens e história dos 44 tripoulantes – acesse aqui, textos em espanhol -.

O presidente da Argentina, Maurício Macri, disse que não é o momento de buscar culpados e afirmou que deve haver uma ampla e profunda investigação do caso.