Subiu para 28 mil o número de pessoas que necessitam de assistência pública em razão do forte terremoto que atingiu a Itália no dia 30. A pequena cidade de Norcia, que conta com pouco mais de 4,6 mil habitantes, tem 3.000 moradores desabrigados, segundo informou o comissário extraordinário para a Reconstrução, Vasco Errani.
E a Itália não para de tremer. Mais de 700 réplicas foram registradas. As principais réplicas ocorreram entre as regiões de Marcas e Umbria. Apesar de constantes, apenas um tremor ultrapassou os 5 graus na escala Richter, disse à Ansa o sismólogo Alberto Michelini, do INGV.
Os especialistas calculam que 18 réplicas tiveram intensidade de 4 a 5 graus, enquanto 301 tremores de terra foram enquadrados na categoria de 3 a 4 graus. Mais 403 sismos ficaram abaixo dos 3 graus de magnitude na escala Richter.
O terremoto de 6,5 graus na escala Richter – ocorrido na região central da Itália – foi o mais forte registrado no país desde 1980, quando um violento tremor atingiu a cidade de Irpínia. Naquele ano, mais de 280 mil pessoas ficaram desabrigadas e mais de 2,9 mil morreram.
Tragédia muda visual da Itália
Os constantes terremotos – que nesta última semana de outubro estão deixando um rastro de destruição e de desespero – mudaram o visual da região central da Itália, de uma boa parte dos Apeninos.
E, momentaneamente, estão cancelando os itinerários turísticos conhecidos além das fronteiras italianas: a dramática foto da Basílica de São Benedito, em Norcia, caída e destruída rodou o mundo, tomando espaço em inúmeros sites de notícias internacionais.
O bairro Castelluccio de Norcia, famoso no mundo todo pelas lentilhas e procurado por estrangeiros para saltos de asa delta e de parapente, foi praticamente ao chão. “Mudou para sempre o panorama daquela zona aos pés do Monte Vettore”, disse uma das testemunhas que viram o terremoto destruir tudo.