O preço de barris de petróleo subiu mais de 4% com o aumento da tensão no Oriente Médio, após os Estados Unidos bombardearem um aeroporto em Bagdá, no Iraque. O ataque matou o general Qassem Soleimani, um dos principais chefes militares do Irã, nesta madrugada. A subida nos preços já foi registrada uma hora após a divulgação da morte de Soleimani por agências de notícias internacionais.
Na manhã de hoje, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro disse a jornalistas que o ataque dos Estados Unidos “vai impactar” o preço dos combustíveis no Brasil. Na saída do Palácio da Alvorada, o presidente disse ainda que tentou falar sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, mas nenhum deles atendeu ao telefone.
O ataque que matou o general iraniano foi autorizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Iraque, local onde o general estava quando o veículo em que estava foi atingido por mísseis, é o segundo maior produtor da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo). Segundo informações do portal G1, economistas afirmam que a reação do mercado reflete o medo de que conflitos mais amplos ocorram na região, o que poderia comprometer o fornecimento de petróleo.
Em setembro do ano passado, o preço do petróleo disparou depois que duas instalações petroleiras na Arábia Saudita sofreram ataques, que reduziram brevemente a produção. Donald Trump responsabilizou o Irã por esse ataque, bem como por outros a alguns petroleiros que circulavam na região.
O episódio acirra a tensão no Oriente Médio e a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá está orientando que todos os cidadãos norte-americanos deixem o Iraque imediatamente. Diversas autoridades do Irã, entre elas o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, prometeram que haverá vingança. Em um comunicado na rede estatal de televisão, Khamenei solicitou três dias de luto nacional pela morte de Qassem Soleimani.