Marília

45 DIAS DEPOIS - Após acidente e corrente de apoio, Cibele Ramos fala de recuperação e gratidão

Cibele Ramos, envolvida em acidente de trânsito enfrenta recuperação
Cibele Ramos, envolvida em acidente de trânsito enfrenta recuperação

Dores, mobilidade limitada e sem previsão de volta ao trabalho, mas com um forte sentimento de gratidão por estar viva. É assim que a comerciária Cibele Ramoss, 31, enfrenta a recuperação 45 dias depois do acidente que a transformou em centro de onda de apoio de orações (veja AQUI).

Cibele estava em uma bicicleta no centro da cidade quando foi atingida por um veículo próximo ao Hospital Materno Infantil e foi levada para o Hospital das Clínicas em estado grave no dia 28 de abril.

Enfrentou alguns dias com quadro gravíssimo na UTI devido a um traumatismo craniano. Deixou três filhos – um deles portador de necessidades especiais. Mostrou uma recuperação que surpreendeu familiares e amigos. Está em casa desde o dia 15 de maio.

Cibele diz não lembrar do acidente e nem da motorista envolvida. Diz que nunca foi procurada por ela. Contratou uma advogada para acompanhar o caso.

RECUPERAÇÃO

“Ainda estou com um osso do pescoço quebrado, não tenho previsão de voltar para o trabalho”, contou a moça em conversa com o Giro Marília pelas redes sociais. Ela conta que a recuperação é lenta e conta com apoio de amigas para o dia-a-dia. “Uma amiga está ficando comigo, sinto muitas dores.”

O acidente deixou como sequelas a dificuldade de locomoção, que segundo Cibele impede até contato mais próximo com os filhos, além de cicatrizes no rosto e o fim de um período de longos e belos cabelos negros. Eles foram cortados no hospital.

“Tenho bastante cicatrizes no rosto. Não me sinto legal ao ver meu rosto  Gostava muito de tirar fotos com meus filhos, agora não posso.”

GRATIDÃO

Segundo a moça, nada disso abala um forte sentimento de gratidão e vontade de melhorar. “Eu não vou desanimar nunca, sempre tive fé e não é isso que vai me abalar. Deus devolveu a vida. E sou muito grata.”

FILHOS

Dois dos três filhos passam o dia com ela na casa da família na zona sul: a filha, adolescente e responsável por mensagens tocantes enquanto a mãe esteve internada, e o segundo, especial, que exige fraldas, alimentação e outras atividades com acompanhamento. O outro, mais novo, está temporariamente com os avós.

“Mas sinto falta porque não posso abraçar e beijar por causa da imobilização. Fico triste porque o especial não entende, ele quer brincar e não posso.”

CAMPANHA

Soube em casa, quando teve alta, que sua internação provocou uma corrente de apoio e até arrecadação de fraldas e leite, que acabou suspensa pelo excesso de doações. “Eu fiquei sabendo agradeço a Deus e a cada um por tudo e as orações. Sou grata.”