Marília

A conta chegou – Multas da Cetesb “sujam” nome da prefeitura; cidade vai parcelar

Fiscalização da Cetesb no despejo de lixo em Marília
Fiscalização da Cetesb no despejo de lixo em Marília

A conta pelos anos de descaso com as multas da Cetesb contra lixo, entulho e outros desmandos da administração municipal em Marília chegou. A Prefeitura deve quase R$ 800 mil em multas e foi incluída no Cadin Estadual, o cadastro de créditos não quitados, que bloqueia acesso a convênios públicos.

A Câmara de Marília aprovou em sessão extraordinária na última sexta-feira um projeto de lei da prefeitura para autorizar o parcelamento da dívida de R$ 728 mil, em valores não atualizados desde julho.

A conta será paga em 60 meses, o que joga a fatura para pelo menos 20 meses do mandato do próximo prefeito, a ser eleito em 2020. As prestações começam na faixa de R$ 12 mil por mês e serão corrigidas pelo valor da Ufesp, que sofre alteração anual.

O projeto não discrimina os anos e valores das multas aplicadas, mas só nos últimos 12meses foram autuações por depósito irregular de entulho, depósito irregular na área de transbordo de lixo.

Neste ano a cidade levou multa até por presença de material de lixo hospitalar em meio ao lixo comum da cidade, flagrado durante blitz da companhia que interditou o depósito de entulho. E também pelo novo espaço improvisado para depósito, em Lácio, após a interdição do despejo de Avencas.

Em meio à crise com a companhia, a prefeitura discute com cidades da região de Presidente Prudente a implantação de um aterro sanitário.

Não foram divulgados detalhes do projeto e nem a distância do aterro, que pode criar espaço adequado de despejo mas não eliminaria gastos com transbordo do lixo.